O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (14) que o governo federal está “completamente seguro” de que o país não precisará retomar o horário de verão neste ano.
Segundo Silveira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) realiza reuniões mensais para avaliar a segurança energética nacional e a modicidade tarifária — princípio que assegura tarifas justas aos consumidores. “Chegamos à conclusão de que, graças ao planejamento e ao índice pluvial dos últimos anos, estamos em condição de segurança energética completa e absoluta para este ano”, declarou o ministro durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, transmitido por emissoras de rádio.
O ministro destacou que o Brasil depende naturalmente de suas hidrelétricas, que garantem estabilidade ao sistema energético, complementadas pelas usinas térmicas. Ele adiantou que o governo deve lançar na próxima semana um leilão para novas térmicas, reforçando o equilíbrio da matriz elétrica nacional.
Silveira também ressaltou o avanço das energias renováveis, como a solar e a eólica, e mencionou o projeto do leilão de baterias, previsto ainda para este ano. “O Brasil produz muita energia, especialmente com o advento das energias renováveis. São energias ainda intermitentes. Por isso, estamos com grande expectativa para lançar o leilão de bateria. Vamos literalmente armazenar vento. O vento e o sol serão armazenados em baterias, o que vai estabilizar nosso sistema”, explicou.
De acordo com o ministro, as chamadas energias intermitentes têm crescido rapidamente em todo o mundo, o que traz desafios à manutenção da estabilidade energética. “Portugal e Espanha sofreram apagões recentes devido à intermitência dessas fontes. Mas o nosso sistema é muito robusto, há um planejamento muito bem feito e estamos completamente seguros de que não precisamos do horário de verão neste ano”, afirmou.
Silveira concluiu dizendo que a prioridade do governo é garantir o fornecimento de energia ao povo brasileiro, e que o horário de verão só seria retomado se houvesse real necessidade. “O que não pode é faltar energia. Por isso, teríamos coragem completa e absoluta de implementá-lo, caso fosse necessário, independentemente das controvérsias”, finalizou.