Desde 2019, a Polícia Militar da comarca de Sombrio, que abrange também Balneário Gaivota, implantou o programa estadual Rede Catarina de Proteção à Mulher. Nestes dois anos, 155 mulheres foram encaminhadas ao programa, apesar de nem todas terem aceitado o acompanhamento. Atualmente, oito delas estão sendo monitoradas pela polícia na região de Sombrio, para obter maior segurança depois de sofrerem agressão no lar.
As policiais militares Ana Paula Cararo e Sarah Wagner Zanatta, que atuam na Rede de Sombrio, explicam que o primeiro passo para a vítima entrar no programa é registrar o boletim de ocorrência e aguardar o caso ter uma decisão do Judiciário. “É a justiça que nos aciona, e se a vítima aceitar, passamos a manter contato com ela pelo menos uma vez por semana”.
A mulher também pode baixar um aplicativo da PM, que disponibiliza um ‘botão do pânico’. Acionando o dispositivo ao se sentir ameaçada, ela é identificada no controle da PM e socorrida.
Segundo as policiais, a Rede Catarina deve ser estendida em breve à comarca de Santa Rosa do Sul, composta por quatro municípios.
O programa da Polícia Militar auxilia também os órgãos que trabalham com vítimas de violência doméstica, como o Creas, Centro de Referência Especializado em Assistência Social. Maria Cirene Rodrigues de Oliveira é assistente social no Creas de Sombrio e tem na polícia ótima parceira. “Às vezes nós pedimos a ajuda da polícia, em outras são eles que nos procuram, e juntos tentamos resolver problemas, como o de moradores de rua”.
As duas instituições estão irmanadas ainda mais neste mês, em torno do programa Sombrio por Elas, instituído pela administração municipal durante o Agosto Lilás, de conscientização contra a violência doméstica.
Rede Catarina
É um programa institucional da PMSC, a Polícia Militar de Santa Catarina, direcionado à prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, estando pautado na filosofia de polícia de proximidade e buscando conferir maior efetividade e celeridade às ações de proteção à mulher. O programa se sustenta em ações de proteção, no policiamento direcionado da Patrulha Maria da Penha e na disseminação de solução tecnológica.
A Rede Catarina de Proteção à Mulher foi idealizada a partir de práticas existentes por todo território nacional e em Santa Catarina, a citar na cidade de Chapecó, porém, a presente Rede transcendeu os programas e projetos experimentados de Patrulha Maria da Penha. A Rede Catarina de Proteção à Mulher é mais que uma patrulha; é mais que uma ronda de fiscalização de medidas protetivas.