Rolando Christian Coelho, 20/10/2021
Moisés começou a atirar para todos os lados
Governador Carlos Moisés da Silva começou a bater cabeça, no que diz respeito a seu projeto de reeleição ano que vem. Passa a impressão que está atirando para tudo quanto é lado, na tentativa de garantir o apoio necessário para disputar mais um mandato. Ontem à noite jantou com deputados estaduais do MDB, buscando, obviamente, estreitar relações com o partido, com vistas à 2022.
Do outro lado da moeda, tem na liderança de seu governo, no parlamento estadual, o deputado estadual José Milton Scheffer (PP). No mesmo instante, flerta com o Republicanos e com o Podemos, na tentativa de construir por um destes partidos seu projeto para o ano que vem.
O grande problema do governador é que ele não fez a lição de casa. Carlos Moisés não estaria passando por nada disto se tivesse se mantido aliado ao presidente Jair Bolsonaro, que, em Santa Catarina, apresenta média de aceitação popular na casa dos 65%. Era só se manter sintonizado com Bolsonaro que metade dos problemas políticos do governador já estariam resolvidos. Como isto são águas passadas, negócio agora é focar numa solução plausível, que não será muito fácil de ser encontrada.
O sonho de uma candidatura por um partido neutro, para receber o apoio do MDB e do Progressistas a um projeto de reeleição, chega a soar a ingenuidade, se levarmos em conta as variáveis envolvidas no pleito que se aproxima. No MDB a alta cúpula do partido, assim como a alta cúpula de partidos que poderão ser seus aliados, apostam na candidatura ao governo do prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli.
Basicamente, Antídio é uma espécie de herdeiro político do mesmo grupo que construiu a candidatura governamental de Luiz Henrique da Silveira (MDB) em 2002. Já no Progressistas, basta com que o presidente Jair Bolsonaro anuncie sua filiação ao partido para que o senador Esperidião Amin (PP) entre em cena como candidato ao governo.
Antídio não aceita concorrer como vice
Emissários do MDB afinados com o governador Carlos Moisés da Silva procuraram prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB), para lhe propor uma aliança. Basicamente, foi oferecida a Antídio a vaga de candidato a vice-governador numa eventual chapa encabeçada por Carlos Moisés, pelo MDB. O prefeito agradeceu a lembrança, mas ressaltou que deve ir para o tudo ou nada. Antídio está muito próximo de lideranças do PSDB, PSD e Podemos, o que lhe da certa segurança diante da necessidade de se formar um forte grupo político para disputar a majoritária estadual ano que vem.
Motinha diz que manterá proximidade com o MDB
Ex-vereador araranguaense Marco Antônio Mota, o Motinha, que deixou o MDB para construir um projeto de candidatura à Assembleia Legislativa pelo Republicanos, diz que manterá “sempre uma grande aproximação” com seu ex-partido. “Sai do MDB para construir um projeto político autoral, mas não sai rompido. Continuo com as mesmas relações com as lideranças do MDB que mantinha antes”, comenta Motinha. De acordo com ele, seu novo partido é aliado do MDB em Araranguá, o que resumiria seu sentimento em relação à eleições futuras. “Minha história com o MDB é muito grande. Se depender de mim, nas eleições de 2022, 2024 e em outras, estaremos juntos”, comenta.
PP quer Moisés, mas isto passa por decisão de Amin
Em que pese os esforços de prefeitos e de outras lideranças estaduais do Progressistas, que querem a filiação do governador Carlos Moisés da Silva ao partido, para disputar o Governo do Estado, uma verdade precisa ser dita: caso o senador Esperidião Amin (PP) se disponha a disputar a governadoria estadual, o assunto está encerrado. É claro que Amin só se disporá a isto se o presidente Jair Bolsonaro se filiar ao Progressistas para disputar à reeleição. Também é preciso ser dito que caso Bolsonaro se filie ao Progressistas, em nosso Estado ele irá apontar Amin como seu nome preferido dentro do partido para a disputa governamental.
Morro Grande quer divulgar atrações turísticas
Prefeito de Morro Grande, Kéio Daniel Olivo (PP), pretende apostar pesado na divulgação turística de seu município. A administração municipal tem investido no estudo das potencialidades locais, principalmente as naturais e históricas. Além da extrema proximidade com a Serra Geral, que contempla Morro Grande com vários cânions, o município possui uma hidrográfica exuberante, alavancada principalmente pelo rio Manoel Alves, e também um rico acervo paleontológico.
De acordo com o prefeito, o município já reúne as condições necessárias para entrar no roteiro turístico estadual sem dever nada a municípios com as mesmas características. “Se o problema do turista foi o contato pleno com a natureza, nós temos a solução”, brinca o prefeito.