Incêndios em estufas de fumo são mais comuns nessa época do ano na Região, quando as safras chegam à fase de secagem das folhas. Último incêndio ocorreu em Meleiro esta semana
Região
Mais uma estufa de secagem de fumo pegou fogo na região nesta quarta-feira, dia 23. É a sexta ocorrência do tipo só nos últimos 20 dias.
Desta vez as chamas atingiram uma edificação em Meleiro, e o Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 8h15min para combater as chamas na localidade Rio Jundiá/Sapiranga
Quando os socorristas chegaram no local, o fogo já estava em fase desenvolvimento completo e aproximadamente 4 mil litros de água foram utilizados no combate às chamas. O incêndio ficou restrito a cerca 45 m² da área da estufa.
Incêndios nessas edificações são mais comuns nessa época do ano, quando as safras chegam à fase de secagem das folhas. “São incêndios sazonais, e é natural que a incidência aumente nessa época. Em outubro notamos que a média se aproxima dos anos anteriores e verificamos um aumento de casos na cidade de São João do Sul”, explica o Major Jihorgenes Luciano Borges, Comandante da 3ª Companhia do 4° BBM, que corresponde à área da Amesc. Ele acrescenta que não quer dizer que naquela área estejam ocorrendo mais incêndios, já que depende da quantidade de agricultores que trabalham nessa área.
Após o combate, uma perícia e investigação são feitas, e conforme o comandante, as razões para as ocorrências são basicamente três. “Uma é a questão da tubulação que sai das fornalhas, que às vezes têm fissuras, emendas malfeitas por onde o calor sai e até brasas, chegando ao fumo. Também temos problemas com ferrugem no exterior dessa tubulação, que com o passar do tempo se desprende e é levada para uma parte superior e chega ao fumo, que se incendeia. A terceira é nas estufas modernas, onde a região de queima e os ventiladores são isolados. Muitas vezes percebemos que os ventiladores trancam e a correia continua se movimentando e superaquecendo”, descreve.
Os agricultores precisam se atentar a esses detalhes, para evitar, assim, novas ocorrências e prejuízos. “Sempre pedimos aos fumicultores que façam uma limpeza na tubulação, procurem emendas malfeitas e fissuras”, completa.