Deputados estaduais eleitos pelo MDB, PSDB, PSD, União Brasil, PTB, PT, PDT, Psol, Republicanos, Novo e Podemos, se reuniram ontem pela manhã na Assembleia Legislativa, dando o primeiro passo para a formação de uma coalizão entre estas legendas, cujo objetivo é a composição de uma chapa para disputar o comando Mesa Diretora do parlamento estadual, em eleição que acontece no dia 1º de fevereiro. Estes partidos estão divididos em quatro blocos, que, somados, agregam 26 dos 40 deputados estaduais.
Os trabalhos de organização deste grande grupo vêm sendo feitos pelos deputados estaduais Mauro de Nadal (MDB) e Júlio Garcia (PSD), que, no dia de ontem, foi quem comandou a reunião. Em princípio, o tema que envolve a eleição para a Mesa Diretora da Assembleia não foi discutido abertamente, mas sim a necessidade de união destes parlamentares em um mesmo grupo.
Ainda que a eleição para o comando do parlamento estadual não tenha entrado em pauta, e tampouco tenha sido discutido o nome que deverá disputar a presidência da Assembleia por este grupo, está mais do que subentendido que Mauro de Nadal acabará sendo o indicado para o embate. Em princípio, ele enfrentaria a candidatura do deputado estadual sombriense José Milton Scheffer (PP), que conta com os três votos de seu partido e também com os onze votos do PL, do governador Jorginho Mello.
Interessante observar que Zé Milton vinha construindo sua candidatura com os votos de deputados não tão alinhados com a futura gestão de Jorginho, e, neste sentido, seu projeto vinha crescendo de forma natural. No entanto, ao aceitar receber os votos do PL, todos os demais deputados que orbitavam seu projeto, com exceção daqueles do Progressistas, acabaram se aproximando, ou reaproximando de Mauro de Nadal.
Na reunião de ontem ficou bastante claro que os parlamentares filiados aos partidos organizados por Nadal e Júlio Garcia buscarão um projeto alternativo ao de Zé Milton. Ficou evidenciado, também, que esta alternativa é Mauro de Nadal, e mais evidenciado ainda que quem articulará o grande grupo será Júlio Garcia.
Para manter viva suas chances de chegar à presidência da Assembleia, Zé Milton precisará garantir a adesão de pelo menos mais sete deputados ao seu projeto. O caminho mais curto para isto é negociando com o bloco composto por Republicanos, Novo e Podemos, que conta com cinco parlamentares. Feito isto, ele passaria a ter reais chances de cooptar deputados de outros blocos, desequilibrando a queda de braços com Mauro de Nadal.
No que diz respeito ao governador Jorginho Mello, o melhor caminho para ele é entregar a presidência da Assembleia ao MDB, fazendo aliança também com o bloco composto por PSD, União Brasil e PTB. Provavelmente o Progressistas de Zé Milton viria a reboque, deixando isolados os deputados do PT, PDT, Psol, Republicanos, Novo e Podemos. Em poucos meses, os três últimos partidos se integrariam a base de apoio de Jorginho, o que resolveria de vez a relação política com a Assembleia Legislativa.
PTB de Gaivota almeja filiação de Paulinho
Presidente de honra do PTB de Balneário Gaivota, José Godinho Nunes, acredita que seu partido será o destino político do vereador Paulo Roberto da Silva, o Paulinho (PP), que na última segunda-feira à noite foi eleito presidente da Câmara Municipal gaivotense. As especulações dão conta que Paulinho irá se filiar ao PSDB, do prefeito Kekinha dos Santos. Para Zé Godinho, no entanto, o PTB é que deverá receber a filiação do futuro presidente do legislativo. Ele também aposta fichas nas filiações do vereador Nando Santos, que atualmente está no PSD, e do vice-prefeito Jonatã Coelho, que é filiado ao Republicanos.
Simone Tebet não está conseguindo espaço no governo Lula
Senadora Simone Tebet (MDB), está, de fato, na pista para dançar. Cotada inicialmente para o Ministério da Educação no governo do futuro presidente Lula da Silva (PT), a professora acabou sendo atropelada pelas pretensões petistas. Foi então que focou no Ministério da Agricultura, já que é uma representante do Mato Grosso do Sul e também tem fortes ligações com o agronegócio. As articulações dentro da equipe de transição, no entanto, não vingaram. Foi então que, diante de seu bacharelado em Direito, seus olhares se voltaram para o Ministério da Justiça, mas a conversa não foi adiante. Cada vez mais deixada de lado, a senadora, agora, postula ocupar o Ministério do Desenvolvimento Social, mas as obstruções parecem maiores do que os apoios.