Nesta terça-feira (21), o Rio Grande do Norte entrou para os assuntos mais comentados do Brasil e já contabiliza 292 ataques consumados por organização criminosa a bens públicos e privados. O número registrado até ontem já era o maior da história do Rio Grande do Norte.
O estado da situação é tão grave que foi pedido a atuação da Força Nacional no Rio Grande do Norte, houve o aumento no efetivo nas ruas, as pessoas com medo e com lojas fechadas porém os casos continuaram.
O ministro Flávio Dino chegou ao Rio Grande do Norte e através de um gabinete de ajuda anunciou investimentos na área de segurança no estado. Até o momento, as forças de segurança que atuam no estado e nos estados vizinhos já prenderam 144 pessoas, com 41 armas apreendidas e 139 artefatos explosivos encontrados em posse dos criminosos. Dois líderes de facção criminosa, de acordo com a Polícia Civil, foram mortos em confrontos.
Algumas cidades alvos de ataques no Rio Grande do Norte foram: Acari, Boa Saúde, Caicó, Campo Redondo, Cerro Corá, Jaçanã, Lagoa D’anta, Lajes Pintadas, Montanhas, Mossoró, Nísia Floresta, Parnamirim, Santo Antônio, Tibau do Sul, Touros e São Miguel do Gostoso.
Qual a motivação:
Os crimes teriam sido motivados pelas más condições dos presídios do Estado. Em vistorias a cinco prisões do Estado, o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, encontrou evidências de torturas físicas e psicológicas, falta de alimentação, desassistência em saúde e superlotação, entre outras violações dos direitos.
Segundo o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, Francisco Araújo, as ordens para as ações criminosas no RN foram motivadas por exigências como aparelhos de televisão e visitas íntimas, para os presos do sistema penitenciário estadual.