Prefeito de Araranguá, César Cesa (MDB), está interessando em resgatar a história que envolve o naufrágio da embarcação Rio Pardo, comandada pelo revolucionário Giuseppe Garibaldi, durante da Revolução Farroupilha, em julho de 1839.
Naquele ano, Garibaldi e outros 30 companheiros, zarparam da foz do rio Tramandaí (RS) em direção da Laguna, com o objetivo de tomar seu porto, para que servisse aos interesses dos farrapos. Em meio a viagem, uma forte tempestade atingiu a embarcação, que acabou naufragando, justamente em frente a barra do rio Araranguá. Esta epopeia é narrada por Giuseppe Garibaldi em suas memórias, ditadas ao escritor francês Alexandre Duma. A narrativa acabou se transformando em um livro de grande sucesso, chamado Memórias de Garibaldi, lançado na França em 1860, e depois em vários outros países, incluindo o Brasil. No livro, Garibaldi afirma textualmente que o naufrágio aconteceu “na embocadura do rio Araranguá”. Após o naufrágio, há uma serie de desdobramentos que valorizam o acontecimento, como o fato de 16 marinheiros que estavam na embarcação terem morrido afogados. Acontecimentos lembrados por Giuseppe Garibaldi com profundo pesar em suas memórias. César Cesa quer resgatar este momento, para trazer a luz da sociedade um dos principais fatos históricos em que o município esteve inserido.
Vale lembrar, também, que o naufrágio de Garibaldi em Araranguá tem profundo peso turístico. Há no mundo, atualmente, cerca de um milhão de garibaldinos, que são pessoas que acompanham cotidianamente fatos ligados a Giuseppe e Anita Garibaldi. Afora isto, há de se ressaltar que foi por conta do naufrágio que Garibaldi se entregou aos encantos de Anita, conforme ele mesmo narrou. As perdas de seus amigos em Araranguá o fizeram cair em profunda amargura, e foi nos braços de Anita, dias depois, que ele obteve o consolo necessário naquele momento. Não fosse o naufrágio em Araranguá, provavelmente Anita Garibaldi nem existiria na história.
Finais
Sombriense Natan Monteiro será o novo presidente da SC-Gás, empresa estatal, ligada ao Governo do Estado, vocacionada principalmente a distribuição de gás natural em Santa Catarina. Natan é um dos homens de confiança do governador Jorginho Mello (PL) e vinha atuando como Secretário Adjunto da Casa Civil. Expectativa é que o novo comando da SC-Gás finalmente direcione seus olhos para o Extremo Sul Catarinense, estendendo seus ramais de distribuição no mínimo até Sombrio, onde uma dezena de cerâmicas ainda se utilizam de arcaicos métodos de combustão para esquentar seus fornos, ao invés de usar gás natural.
Mesmo os prefeitos mais próximos estão de nariz torcido com o governador Jorginho Mello (PL). O motivo é o óbvio: a falta de destinação de recursos para os municípios. A tropa de choque o governador, comandada pelo Secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, diz que situação das finanças do Estado é calamitosa, e que por isto o freio de mão precisa ficar puxado. Aqueles que apoiaram Jorginho desde o primeiro turno, e que não são muitos, acreditam que são merecedores de um tratamento diferenciado, mas salvo raras exceções, todos os chefes de executivo estão na vala comum. Promessa é que a partir deste mês torneiras começarão a ser abertas.