Uma ala política ligada ao ex-prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), quer que o ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep) seja o novo prefeito do município. Ponticelli e seu vice, Caio Tokarski (União), renunciaram a seus mandatos na última segunda-feira. Ambos haviam sido presos na operação Mensageiro, que apura supostas irregularidades no recolhimento e destinação do lixo do município. Ponticelli já foi solto, mas Caio continua preso.
A Câmara de Vereadores tem agora 30 dias para eleger o novo prefeito, que pode ser qualquer um dos 15 vereadores do município, como também qualquer cidadão comum que se candidate a vaga. Dentre os vereadores, ressaltam-se os nomes de Maurcio da Silva (PP), candidato mais votado no pleito eleitoral de 2020, como também o do prefeito em exercício, Gelson Bento (PP), e o do presidente da Câmara Municipal, Jairo Cascaes (PSD). Gelson era o presidente da Câmara e com o afastamento de Ponticelli foi elencado a condição de prefeito. Por sua vez, Jairo Cascaes, que era vice-presidente do legislativo, passou a ser o presidente.
Os vereadores da base aliada a Ponticelli têm votos suficientes para eleger qualquer nome como futuro prefeito. Dentro do grupo, há os que defendam que o ex-governador Carlos Moisés da Silva seja o escolhido, como uma forma de não criar rachas na base aliada e também garantir um bom nome para disputar a reeleição em 2024, ano em que a oposição terá discurso de sobra para tentar retomar o comando da prefeitura.
Carlos Moisés ainda não disse que sim, nem que não, e tampouco a maioria dos vereadores foram ao seu encontro. Nos próximos dias, no entanto, o assunto virá à baila, já trazendo uma definição quanto a quem substituirá Ponticelli no comando do executivo tubaronense.
Finais
Senador Jorge Seif (PL) deve se livrar do processo, movido pelo PSD, que pede sua cassação por abuso de poder econômico durante a eleição do ano passado. A Procuradoria da República Eleitoral em Santa Catarina se posicionou pela improcedência da ação, que argumenta, principalmente, favorecimento a Seif em ações que teriam sido supostamente praticadas pelo empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan. Dentre as ações estaria o empréstimo de helicóptero da Havan para que Jorge Seif fizesse campanha eleitoral, como também utilização da própria estrutura da empresa para o mesmo fim. Ainda que este posicionamento da Procuradoria da República não seja uma sentença a favor de Seif, ele terá um peso bastante grande em favor do senador quando do julgamento do processo pela Justiça Eleitoral. Um posicionamento em contrário poderia ser uma sentença de cassação.
Prefeitos da região estão preocupados com a instabilidade das receitas dos executivos municipais no decorrer dos últimos meses. Os retornos de ICMS e do Fundo de Participação dos Municípios estão praticamente iguais ao mesmo período do ano passado, todavia, as despesas só aumentam. De quebra, na grande maioria dos casos não está havendo repasses de recursos extras tanto do Governo Federal, quanto do Estadual, como, por exemplo, as Transferências Especiais firmadas pelo ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep). O Governo Federal está ciente dos fatos e preocupado, tanto é que almeja baixar a taxa Selic em 0,25% para fomentar o consumo, o que geraria mais receita e repasse de recursos para as prefeituras. O problema é que este giro é demorado, e o aperto das prefeituras é imediato. Negócio no segundo semestre é apertar o cinto e fazer compromissos apenas com o orçamento de 2024.