Por volta das 4h da madrugada de sexta, dia 15, moradores do Morro dos Conventos viveram uma história, para quem ama animais, triste.
“Achei que algum cachorro tinha passado na frente de casa, então não me levantei. Trinta minutos depois, minha cachorrinha começou a bater na porta. Quando a abri, ela gritou desesperadamente e nós não sabíamos o que estava acontecendo; a sensação era de pavor. Depois, ela saiu correndo e fomos atrás dela. Quando a encontramos, já estava morta”, conta Gisele Hespanhól, que também teve como vítima outro cão, um filhote.
Ela diz que, na vizinhança, foram cinco animais mortos, desses, dois cachorros que foram envenenados na rua, os outros, nos pátios das casas.
Outra moradora, Sílvia Ghizzo, também lamenta: “De um tempo pra cá, mais cachorros estão sendo soltos pelo Morro, isso é fato. Muitas pessoas alimentam e por ser um espaço tranquilo, os cães vão ficando. São todos muito queridos pelos moradores, mas infelizmente existem pessoas ruins que escolhem a barbárie ao invés do diálogo. Se o problema são os latidos ou qualquer outra coisa, a solução não é o assassinato”, refere.
Na tarde de domingo, dia 17, tutores dos cães mortos e outros “cachorreiros” se reunirão em frente a casa na Júlio de Castilhos 452, às 16h para uma manifestação em busca de conscientizar a população sobre a importância do respeito aos animais.
Cachorro envenenado: sintomas mais comuns
Identificar os sintomas de cachorro envenenado não é tão simples, pois eles podem variar de acordo com a causa da intoxicação. O ideal é ficar atento às reações do seu pet depois de um passeio e durante viagens ou dias fora de casa. Ao notar algum sinal estranho, procure ajuda de um médico veterinário imediatamente.
- Salivação em excesso (pode parecer com uma espuma saindo pela boca);
- Convulsão;
- Vômito;
- Diarreia;
- Vermelhidão na boca;
- Tremores;
- Dificuldade para se locomover;
- Sonolência;
- Taquicardia;
- Apatia;
- Desorientação;
- Sangue nas fezes ou no vômito;
- Secreções bucais.
1) Leve imediatamente o cachorro ao veterinário: quanto mais rápido conseguir o atendimento, maiores são as chances de um controle efetivo dos sintomas e de um prognóstico mais favorável para o animal;
2) Tente identificar o que causou a intoxicação: procure vestígios pela boca do cachorro, na casinha ou caminha e nos locais em que ele costuma brincar ou deitar;
3) Lave a boca do cachorro com água corrente: não sabendo a origem do envenenamento, é importante colocar luvas antes de lavar a boca do animal;
4) Mantenha o animal em jejum até a chegar ao veterinário: muitas pessoas acreditam que o leite pode ajudar a reverter o efeito do envenenamento, porém, muitas vezes pode piorar a intoxicação. Não forneça alimentos, líquidos ou medicamentos ao animal. Também não é recomendado estimular o vômito antes do atendimento médico;
5) Não confie em receitas de remédio caseiro para cachorro envenenado: é fundamental não realizar nenhum procedimento sem o aval do médico veterinário de sua confiança.
O que diz a Lei
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
- 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
- 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda.
- 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
(Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.)