quarta-feira, 5 DE fevereiro DE 2025
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Rolando Christian Coelho, 08/01/2024 | 8 de Janeiro, o dia que não acabou

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Oito de Janeiro vai entrar para a história do Brasil como o dia da traição aos direitos democráticos. Trata-se do dia em que, há um ano atrás, milhares de pessoas vestindo verde e amarelo invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, promovendo um generalizado quebra-quebra no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal. A algazarra culminou com mais de 1200 detidos, dezenas de condenados a penas que chegaram até a 17 anos de reclusão, e 60 pessoas ainda encarceradas.

A invasão a Praça dos Três poderes é um fato concreto. Ela aconteceu e é necessário a punição aos seus responsáveis de forma exemplar, de modo a estabelecer um limite bastante claro, entre o que é uma manifestação de pensamento, e o que é um ato criminoso, como foi o caso.

Há, no entanto, a construção de uma narrativa bastante injusta em relação ao fatídico 8 de Janeiro de 2023, através da qual se tenta imputar responsabilidades a líderes políticos, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo o que aconteceu naquele dia na capital do país. A própria desorganização de como os eventos aconteceram demonstra claramente que não havia um líder maior coordenando a balburdia. A invasão a Praça dos Três poderes não foi nada mais, nada menos, do que um histerismo coletivo desencadeado dentro de um grande grupo de simpatizantes de Bolsono. Isto, no entanto, não o responsabiliza, do mesmo modo em que o presidente Lula da Silva (PT), por exemplo, não pode ser responsabilizado pelas invasões de terras produtivas por parte do MST.

Ligar o 8 de Janeiro a uma tentativa de golpe de Estado é outro erro grotesco. Em nenhum momento houve uma liderança política nacional que timonasse aqueles acontecimentos, como também em nenhum momento as Forças Armadas deram qualquer sinal de apoio ao que estava acontecendo, seja de forma física, ou intelectual.

A grande verdade é que o 8 de Janeiro de 2023 não passou de um ato criminoso por parte de simpatizantes de Jair Bolsonaro, não existindo, no entanto, nenhuma subordinação direta entre eles e o ex-presidente. Os tais manifestantes, que se transformaram em bandidos, agiram por conta própria, impulsionados por instintos primitivos, típicos de quem acredita ser o dono da razão a qualquer custo.

Quanto a culpa, não há dúvidas de que ela existiu. Quanto a pena, é necessário que ela seja austera. Quanto a justiça, é fundamental que o joio seja separado do trigo.

Finais

  • Janeiro trouxe consigo os velhos vícios para as praias de nossa região. Dentre eles, carros e motos circulando na orla marítima, e cachorros tomando banho de mar. Mais uma vez, não custa falar que veículos na orla são um risco eminente a vida dos banhistas, mesmo em locais mais ermos. Quanto aos animais entre os banhistas, vale lembrar o perigo que são as zoonoses, especialmente para as crianças que frequentam as nossas praias. Como estas práticas são recorrentes, e as autoridades são escassas, diante de uma faixa litorânea de quase 70 quilômetros, há de se rogar para o bom senso das pessoas que as praticam, afinal de contas, segurança pública e saúde pública são temas que precisam ser levados muito a sério.
  • Conversações entre o Progressistas e o PL de Araranguá não têm avançado muito, com vistas a composição de uma dobradinha para disputar o pleito municipal deste ano. Por conta dos entraves, algumas lideranças do PL já ventilam a possibilidade de apoiar o projeto de reeleição do prefeito César Cesa (MDB). A grande dúvida é saber se este apoio seria incondicional, ou se o PL exigiria a vaga de vice, hoje ocupada por Tano Costa (PSD). Se a intenção for esta, provavelmente César não leve adiante qualquer tipo de negociação com o PL, já que Tano tem cadeira cativa para disputar novamente, na condição de vice, o executivo municipal araranguaense ao lado do emedebista.
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