O Ministério de Minas e Energia está considerando a possibilidade de reimplantar o horário de verão como uma medida para enfrentar a crise hídrica que afeta o Brasil. De acordo com a Folha de S.Paulo, a iniciativa surge em meio a uma severa seca que pode levar a um possível racionamento de energia.
A proposta de retornar ao horário de verão é uma das diversas ações que o governo federal está avaliando. Entre outras medidas já adotadas estão a ampliação do uso das usinas termelétricas localizadas em Santa Cruz (RJ), Linhares (ES) e Porto Sergipe (SE), além do aumento da bandeira tarifária na conta de luz.
Atualmente, não há uma data definida para a implementação do horário de verão, nem certeza sobre a necessidade efetiva da medida. O horário de verão foi abolido em abril de 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro.
Em 2023, o governo também cogitou a reintrodução do horário de verão devido à seca, mas a decisão foi adiada após uma avaliação que indicou níveis de reservatórios adequados, apesar das condições secas.
No entanto, o cenário de 2024 apresenta uma situação ainda mais grave. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem) reporta a pior seca já registrada no país, com rios da Amazônia, como o Madeira e o Negro, alcançando níveis críticos que prejudicam comunidades locais e o abastecimento em Manaus.
Em resposta à crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a região Norte na terça-feira (10) e anunciou a criação de uma autoridade climática, além de um marco legal para a emergência climática.
O governo continua monitorando a situação e avaliando possíveis soluções para mitigar os impactos da seca severa.