Presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, diz que é muito provável que seu partido continue existindo como tal, sem extinção, sem incorporação por outra sigla, ou fusão, o que resultaria em uma terceira legenda.
Desde o resultado eleitoral de outubro do ano passado, líderes do PSDB de todo país começaram a vislumbrar possibilidades para os tucanos, que a cada eleição que passa está cada vez menor. Hoje, o partido não comanda nenhuma capital de Estado, não tem expressão no Senado ou na Câmara Federal, e também não é decisivo em nenhuma Assembleia Legislativa. Politicamente, o que ainda mantém o partido em pé é o fato de contar com as filiações dos governadores do Rio Grande do Sul, Pernambuco e Mato Grosso do Sul.
No entanto, o PSDB tem muita história, afinal de contas é a legenda de filiação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, içado a condição de principal responsável pela tão sonhada estabilidade econômica brasileira, na década de 1990, sob os auspícios do Plano Real. E é justamente por isto, e provavelmente por nada mais que isto, que os históricos do partido começaram a se rebelar contra qualquer encaminhamento que fizesse o PSDB sucumbir no cenário político nacional.
Em princípio, a única decisão tomada até o momento é a da não renovação da federação partidária com o Cidadania, partido que, aliás, já manifestou, através de seu presidente nacional, Plínio Bittencourt, total desinteresse na manutenção da parceria com os tucanos por questões ligadas a falta de afinidade ideológica. Neste momento, o Cidadania está dentro de um espectro político mais à esquerda, enquanto o PSDB está mais à direita, o que acaba tornando incompatível a manutenção da federação.
No que diz respeito ao futuro do partido, a base tucana rechaça de forma veemente sua extinção ou incorporação por outra sigla. Também não aceita fusão com o PSD, ou com o MDB, possibilidades que vinham sendo prospectadas nos últimos meses.
Basicamente, o que se observa hoje dentro do PSDB é a cúpula do partido querendo algo de novo, e, neste sentido, se ressaltam as tratativas para uma fusão com o PSD ou com o MDB, e por outro lado os históricos, e especialmente a juventude tucana de São Paulo, querendo que o partido continue como está, quando muito, participando de uma nova federação partidária, que é o que provavelmente acabará acontecendo.
Finais
- Santa Catarina não para de bater recordes de arrecadação. De acordo com o governador Jorginho Mello (PL), ano passado nosso Estado arrecadou R$ 53 bilhões, 17% a mais do que em 2023. Deste total, 80% derivou o ICMS, que, grosso modo, é o resultado do trabalho dos próprios catarinenses. Outros 15% foram de impostos, taxas e contribuições diversas, e apenas 5% tiveram como fonte de receita repasses do Governo Federal. A título de comparação, o Rio Grande do Sul arrecadou ano passado R$ 63 bilhões, apenas 20% a mais que Santa Catarina, ainda que a população riograndense seja 50% maior que a catarinense. Por conta da fabulosa arrecadação, o Governo do Estado tem em seu caixa, neste momento, nada mais, nada menos do que R$ 10 bilhões a espera para investimentos. Este montante foi divulgado pelo deputado estadual Marcos Vieira (PSDB), presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa.
- Por falar em arrecadação, o deputado estadual Rodrigo Minotto, do PDT de Forquilhinha, fez um pedido de informação ao Governo do Estado, solicitando que seja disponibilizado para à Assembleia Legislativa a lista com os maiores devedores da gestão estadual, sejam eles pessoas jurídicas ou físicas. O deputado também solicitou que o governo explique quais ações estão sendo feitas para que tais dívidas sejam cobradas. De acordo com o parlamentar, “quando um devedor deixa de pagar impostos, a sociedade como um todo acaba sendo penalizada, pois a arrecadação impacta diretamente nos serviços públicos essenciais, como saúde, educação e segurança”. A intenção de Minotto é fazer com que esta relação de devedores se torne pública, de modo a pressioná-los a pagar suas dívidas tributárias.