“Na escola da vida não há férias”. Li certa vez no pára-choques de um caminhão. Verdade verdadeira, se me permites o pleonasmo. Está provado cientificamente que herdamos características genéticas físicas, intelectuais e de caráter dos nossos ancestrais. É o que se chama atavismo. Também está comprovado que o homem é um “produto do meio” onde nasceu, se criou e vive. O certo é que nascemos com uma determinada personalidade e, com o decorrer do tempo, vamos moldando-a de acordo com o meio em que vivemos e com as coisas que observamos, tanto para o bem como para o mal. Tudo dependerá das experiências vividas.
Começamos a moldar nossa personalidade na família. Se todos os indivíduos nascessem em lares bons, não haveria maldade no mundo. Claro que haveria as exceções, mas não estamos aqui para falar delas. Tratamos da regra geral. Pois bem, até aqui concluímos que o homem pode nascer numa família boa, má ou sem família. De qualquer forma, chegará a uma fase da sua vida em que obrigatoriamente frequentará escolas.
Quando chegar esta fase, a criança levará consigo o que já aprendeu em casa e no meio em que viveu até ali. Agora, porém, o “homo sapiens” passará a viver num universo diferente do que já conhecia. Será apresentado aos seus mestres. Aqui vemos a enorme responsabilidade, a sublime missão que os professores carregam consigo. Além do conhecimento pedagógico, acrescentarão bons conselhos para ajudar as crianças e adolescentes a serem boas pessoas. Estou me referido àqueles bons professores, claro, que encaram a profissão não só como uma forma de obter uma remuneração e construir uma carreira, mas também como um sacerdócio.
Me referi aqui aos professores devido a grande admiração que tenho pela nobre profissão. Mas é um tipo de conduta que deve ser seguida por todos nós, independentemente de profissão. Na família, na comunidade, nas empresas, enfim, em todos e quaisquer lugares e ambientes onde haja irmãos nossos que precisem de ajuda, de orientação e de bons exemplos para se tornarem bons cidadãos, que irão constituir a futura sociedade brasileira.
Hoje, nos queixamos do alto índice de criminalidade, da má-educação e do desrespeito a tudo, que reina no Brasil. Mas será que todos nós não somos um pouco responsáveis por isso? Pelo menos em parte? Por esse caos que aí está? Sim, sem dúvida. Cada um de nós tem o dever de educar, dar bons exemplos e conselhos por toda parte onde estivermos. Fazer sempre um “algo mais” do que aquilo a que somos obrigados a fazer por dever de ofício. Assim é a “Escola da Vida”. Pense!