Sessões do recém-lançado “Um Filme Minecraft” têm causado dor de cabeça para redes de cinema em diversos países. O que começou como uma mobilização bem-humorada nas redes sociais evoluiu para cenas de desordem dentro das salas, com gritaria, pipoca voando, espectadores subindo em poltronas e até expulsões.
A confusão costuma começar sempre no mesmo ponto da exibição: quando o personagem Steve, interpretado por Jack Black, grita “Chicken jockey!” ao se deparar com um bebê zumbi montado em uma galinha, uma cena rara no universo do jogo. É o sinal para que grupos organizados em plataformas como o TikTok iniciem a baderna, imitando o comportamento típico de memes virais.
O cenário tem gerado preocupação entre redes de cinema nos Estados Unidos e Europa. De acordo com o jornal The Guardian, algumas unidades passaram a reforçar a vigilância e a comunicação com o público. Avisos nas bilheterias e entradas das salas alertam que manifestações desrespeitosas resultarão na expulsão imediata.
A situação lembra o que ocorreu em 2022, durante a estreia de “Minions: A Origem de Gru”, quando adolescentes vestidos com ternos lotaram os cinemas, gritaram e fizeram bagunça. Agora, o comportamento se repete, mas com ainda mais intensidade.
Nas redes sociais, a repercussão divide opiniões. Há quem critique o desrespeito com os funcionários e outros espectadores. “A gente percebe que tá velho quando vê essa cena e só pensa no(a) pobre coitado(a) que vai ter que limpar isso em troca de um salário furreca”, escreveu o perfil @cs_lekinho. Já @pedrozitto comentou: “Até hoje eu não entendo a razão de jogar pipoca para cima nos cinemas, é tão cara”.
Por outro lado, há quem veja graça na situação ou até deseje participar. “Me critiquem, mas isso aí parece ser muito maneiro kkk tenho 22 e nunca cheguei perto de uma experiência frenética assim”, escreveu @oGabrielComenta.
Mesmo com a polêmica, o filme teve um desempenho expressivo nas bilheteiras. Com US$ 10,6 milhões arrecadados no primeiro fim de semana, “Um Filme Minecraft” superou o recorde de estreia de uma adaptação de videogame, antes pertencente a “Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim”, que somou US$ 10,3 milhões.
Com apelo entre jovens e força nas redes sociais, a produção se consolida como um fenômeno cultural, mesmo que acompanhado de uma dose considerável de confusão nas salas de exibição.