domingo, 21 DE setembro DE 2025
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PolíticaRolando Christian Coelho – As federações e fusões para 2026

Rolando Christian Coelho – As federações e fusões para 2026

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A absoluta maioria dos partidos com representação no Congresso Nacional está buscando se aliar à outras legendas para enfrentar às eleições do ano que vem. Alguns já estão federados desde a última eleição nacional, como é o caso do PT, com o PCdoB e o PV; o Psol, com o Rede Sustentabilidade; e o PSDB, com o Cidadania. Recentemente, o União Brasil e o Progressistas também anunciaram a formação de uma federação, cuja aprovação está em análise no Tribunal Superior Eleitoral. Somente aí, vemos nove partidos transformados em apenas quatro grupos políticos.
A configuração destas federações, no entanto, não deverá permanecer exatamente assim para o pleito de 2026. O Cidadania já anunciou que não vai permanecer aliado ao PSDB. O comando da legenda da ex-deputada federal e atual prefeita de Lages, Carmem Zanotto, já disse que pretende pular fora da federação com os tucanos, e se aliar ao PSB. Já o PSDB, por sua vez, deverá promover uma fusão com o Podemos.
Quem também está negociando a composição de uma federação com o PSB é o PDT, do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Os dois partidos também têm mantido conversação com o PV, que pretende deixar a atual federação que integra com o PT e o PCdoB.


Na onda das parcerias necessárias, o MDB e o Republicanos também começaram as tratativas para a criação de uma federação entre as duas legendas. Até este ponto, já teríamos 14 partidos, distribuídos em apenas sete grupos.
Afora estes partidos supracitados, ainda há no Congresso Nacional o PL, o PSD, o Novo, o Avante, o PRD e o Solidariedade. Deste conjunto, apenas o PL e o Novo não têm demonstrado interesse em integrar uma federação ou promover a fusão com outra legenda. As cúpulas do PSD e do PSDB já discutiram diversas vezes a possibilidade de uma união entre as duas legendas, provavelmente através de uma federação. Como a fusão entre o PSDB e o Podemos está encaminhada, mas não oficializada, ainda é possível que novas movimentações envolvendo estes partidos sejam realizadas. Já o Avante chegou a anunciar que integraria a federação com o União Brasil e o Progressistas, mas não concluiu as negociações. As especulações em Brasília dão conta que o partido poderá se federar com o PRD, que já é fruto da fusão do PTB com o Patriotas, trazendo a reboque, também, o Solidariedade.
Tudo isto está acontecendo por conta da legislação eleitoral, que a cada pleito que passa é mais restritiva aos partidos. Para 2026, por exemplo, os partidos precisarão eleger pelo menos 13 deputados federais, distribuídos em nove Estados. Em 2030 este número aumentará para 15 deputados em nove Estados. Se não alcançar estes números, o partido, ou federação, perderá recursos do fundo partidário e tempo de propaganda eleitoral em rádio e televisão.

Finais

Por conta da cláusula de barreira, PDT, PSB, PV, Psol, Podemos, Avante, PRD, PSDB, Rede e Solidariedade correm o sério risco de ficarem de fora do repartimento do bolo financeiro que sustenta a política do país. O mesmo destino teria o Novo, mas a legenda, desde que foi fundada, faz questão de ressaltar que não usa dinheiro público para se manter. Sendo assim, a cláusula de barreira só os atingiria nas questões concernentes a propaganda política. Não à toa, quase todos os partidos estão correndo atrás de parceiro para enfrentar as urnas em 2026. Sem federação ou fusão o desaparecimento de 70% dos partidos do país seria só uma questão de duas ou três eleições.

E a possível federação entre o MDB e o Republicanos poderá jogar os emedebistas quase de graça no colo do governador Jorginho Mello (PL). O MDB já caminha a passos largos para apoiar Jorginho ano que vem, mas, por certo, com uma infinidade de exigências. Como o Republicanos está sob total domínio do governador, que foi quem montou o diretório e a executiva do partido, colocando seu próprio irmão, Juca Mello, na vice-presidência da legenda, os encaminhamentos dentro do MDB, com o selamento da federação, serão bastante suavizados. Isto porque, em uma federação com dois partidos, cada um passa a ter apenas 50% da força que tinha. Sendo assim, ao invés de gritar, o MDB passará só a gemer.

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