Nova divulgação da Genial/Quaest Pesquisa mostrou os percentuais dos principais pré-candidatos ao Palácio do Planalto no ano que vem. Na última pesquisa, publicada em fevereiro, o presidente Lula da Silva (PT) vencia a maioria de seus principais adversários sem precisar contar com a margem de erro a seu favor. Já na pesquisa divulgada ontem, o presidente aparece empatado, dentro da margem de erro, quando confronta nomes como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e a ex-primeira dama Michele Bolsonaro (PL).
Em todos os cenários a seguir, se excluindo os votos brancos, nulos e as pessoas que ainda estão indecisas, os percentuais são muito apertados. Numa disputa entre Lula e Bolsonaro, ambos fariam 41% no segundo turno. Já contra o governador de São Paulo, Lula faria 41% e Tarcísio de Freitas 40%. Contra o governador do Paraná, Lula faria 40% e Ratinho Júnior faria 38%. Contra a ex-primeira dama, Lula faria 43% e Michele Bolsonaro faria 39%.
A situação só melhora para o presidente Lula quando ele é confrontado com outros nomes de menos expressão nacional, como é o caso do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD); e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). No primeiro destes cenários, Lula figura com 42% e Zema com 33%. No segundo cenário Lula figura com 44% e Eduardo Leite com 35%. Já no terceiro cenário, Lula figura com 43% e Ronaldo Caiado com 33%.
A Genial/Quaest também simulou um cenário de disputa entre Lula e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL). Neste caso, Lula registrou 44% da preferência do eleitor brasileiro, contra 34% de Eduardo.
Como o ex-presidente Jair Bolsonaro está inelegível, os dois candidatos mais fortes para enfrentar o presidente Lula da Silva ano que vem são Tarcísio de Freitas e Michele Bolsonaro, o que reforça a tese daqueles que defendem uma dobradinha entre os dois.
É bastante interessante observar que Eduardo Bolsonaro é o presidenciável de oposição a Lula com o maior percentual de rejeição. De acordo com a Genial/Quaest, 56% dos brasileiros rejeitam a liderança política de Eduardo. A título de comparação, Lula, depois de quase 50 anos na política, e três passagens na Presidência, tem 57% de rejeição.
A grande surpresa desta pesquisa fica por conta dos 38% alcançados por Ratinho Júnior, diante de uma possível candidatura presidencial. Levando-se em conta que ele é muito menos conhecido do que os demais principais candidatos de oposição, uma candidatura sua teria grande potencial de crescimento.
A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas, de 16 anos ou mais, entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Finais
- PSD realizou ontem à noite mais um encontro estadual do partido, o segundo em Criciúma somente neste ano. Focado em divulgar a pré-candidatura do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, ao Governo do Estado, o evento contou com diversos prefeitos, vice-prefeitos e parlamentares da legenda. Ainda que o encontro se intitulasse estadual, seus participantes eram praticamente todos do Sul do Estado. João Rodrigues voltou a defender a tese de um governo conciliador, e que ouça as bases da sociedade antes da tomada de decisões. No embalo, alfinetou Jorginho Mello (PL) na questão concernente ao Programa Universidade Gratuita, como também disse que um governador não pode se eximir da responsabilidade de receber um presidente da República em seu Estado. Neste sentido, fez uma referência ao fato de Jorginho não ter ido a dois eventos promovidos pela Presidência da República, em Santa Catarina, com a participação do presidente Lula da Silva.
- Notadamente, João Rodrigues está buscando antecipar o debate eleitoral, objetivando desgastar a figura do governador Jorginho Mello, que, por enquanto, não tem entrado em sua onda. Alto-declarado pré-candidato ao governo, o prefeito de Chapecó supõe que só tem a ganhar daqui para frente. Mas é bom lembrar que nem tudo são ganhos em uma pré-campanha, já que o pré-candidato passa a expor de forma muito antecipada suas ideias e estratégias, o que facilita o contra-ataque dos adversários no momento mais importante da corrida eleitoral, que é a campanha propriamente dita. No caso específico que envolve João Rodrigues e Jorginho Mello, o atual governador já começou a ter ciência de quem não estará em seu palanque ano que vem, o que, para ele, é excelente, pois terá mais precisão para, através do Governo do Estado, esvaziar o poder de fogo dos que forem se declarando apoiadores de seu concorrente.
