Os prefeitos de Turvo, Heriberto Schmidt (MDB); de Ermo, Paulo Della Vechia (PL) e de Timbé do Sul, Vilmar Manffiolette (PP), têm reunião agendada na próxima terça-feira, 15, em Florianópolis, com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o DNIT, objetivando discutir a federalização da SC-285. Trata-se da rodovia estadual que liga a BR-101, na altura da localidade de Sanga da Toca II, em Araranguá, até o sopé da Serra da Rocinha, em Timbé do Sul. Também deverão participar da reunião o secretário de Estado da Infraestrutura, Jerry Comper e o deputado estadual Tiago Zilli (MDB). Reunião neste mesmo sentido estava agendada para a última terça-feira, 8, mas nenhum representante do DNIT compareceu, o que suscitou o reagendamento.
A pavimentação da Serra da Rocinha, entre Timbé do Sul e o município gaúcho de São José dos Ausentes (RS) está praticamente concluída, e as obras da BR-285, em cima da serra, que dão acesso a Rocinha, também já estão em andamento. Todavia, ainda não há nenhum projeto voltado para a SC-285, que deverá ver seu tráfego saltar de 500 para 5.000 veículos por dia, quando a pavimentação da serra, e sua sequência rodoviária em solo gaúcho, estiverem prontas. A grande maioria destes veículos serão caminhões de carga, que escoarão a produção fabril da região de Caxias do Sul (RS) pelo porto de Imbituba.
O problema é que a SC-285 não comportará tamanha quantidade de tráfego, principalmente porque ela passa pelo meio das cidades de Turvo e Ermo, sendo margeada por escolas, unidades de saúde, comércios e residências. Especialmente o município de Ermo teria sua sede completamente entregue ao caos. A solução para o problema é a construção de entornos viários ao lado das sedes dos dois municípios, o que faria com que o tráfego, principalmente de caminhões, não passasse pelos centros das cidades. Em Timbé do Sul isto já foi feito, dentro do conjunto de obras de pavimentação da Serra.
Como a pavimentação da Serra da Rocinha é uma obra federal, assim como a BR-285, que é a continuidade dela até o município de São Borja (RS), parte-se do princípio que a SC-285 precisa ser federalizada, para que o Governo Federal assuma a responsabilidade quanto às melhorias que precisam ser feitas na rodovia. Há mais de cinco anos as prefeituras de Turvo, Ermo e Timbé do Sul tem tentado, sem sucesso, encaminhar o assunto junto ao DNIT, que parece estar sempre querendo fugir de sua responsabilidade.
Ainda que não exista um projeto pronto para os entornos, já que sequer a rodovia está federalizada, estima-se que será necessário um investimento de pelo menos R$ 100 milhões no projeto. O maior problema está ligado as áreas que precisarão ser desapropriadas para a construção dos entornos, todas elas com alto valor venal, ou por estarem ligadas a rizicultura, ou por fazerem parte do perímetro urbano dos municípios em voga.
FINAIS
Prefeito de Balneário Gaivota, Kekinha dos Santos (PSDB), diz que tem três metas bem claras para serem atingidas até o final de seu segundo mandato, ao final de 2028. Ele quer concluir a pavimentação da rodovia Caminhos do Mar, deixando o trecho gaivotense, de 23 quilômetros, entre o limite com Passo de Torres e o limite com Balneário Arroio do Silva, completamente asfaltado; asfaltar os trechos das rodovias municipais entre Figueirinha e Palmeira, Palmeira a Lagoinha, e Anita Garibaldi a Estiva do Rodrigues, e também dar início da pavimentação primária do segundo acesso a Sombrio. Conforme o prefeito, estas obras são fundamentais para alavancar o projeto de desenvolvimento do município, e, por conta disto, estarão no topo da lista de investimentos nos próximos três anos e meio.
Na madrugada de ontem, a Câmara dos Deputados aprovou, com 209 votos favoráveis e 165 votos contrários, a contratação de 160 funcionários comissionados e outros 40 efetivos, por parte do Supremo Tribunal Federal. Dos 16 deputados federais de Santa Catarina, apenas Pedro Uczai e Ana Paula Lima, ambos do PT, votaram de forma favorável ao aumento do quadro funcional do STF. O deputado Daniel Freitas, do Partido Liberal de Criciúma, também votou a favor, mas pediu revisão de seu voto, alegando ter apertado de forma equivocada no botão que aprovava o projeto. Os 200 futuros novos funcionários do Supremo vão gerar um impacto financeiro de R$ 8 milhões nos cofres públicos todos os anos.