Buscando um tema para escrever, consultei a minha fiel agenda e constatei que no dia 25 de julho, comemora-se o Dia do Motorista, Dia do Colono e Dia do Escritor no Brasil. Deixo aqui a minha homenagem aos três, porém, com todo o respeito aos dois primeiros, peço licença para falar do último.
Eu poderia ter dado qualquer outro título a esta crônica, todavia optei por este que aí está, porque eu considero os escritores pessoas sonhadoras. É claro que não estou me referindo ao escritor de livros pedagógicos, técnicos ou científicos. Quando falo escritor me volto tão somente ao escritor de ficção, isto é, de “história inventada”, ainda que o texto se refira no todo ou em parte a um fato real. Escritores de romances, livros ou crônicas, propriamente ditos.
Nenhum romance é totalmente fruto só da imaginação e criatividade de seu autor. Todo o escritor sempre põe algo pessoal, que vivenciou, que viu acontecer e o impactou ou emocionou. Os escritores realizam seu sonhos e fantasias através da escrita. Eu sou um escritor de textos curtos, um cronista, que escreve tipo de uma “redação escolar”. Escrevo sobre fatos reais ou não, porém, sempre romanceados. Também invento histórias. Todos nós humanos, sem exceção, trazemos conosco sonhos que não conseguimos realizar, não é mesmo?
As pessoas práticas, materialistas e objetivas não costumam dar asas as suas imaginações e fantasias. Não as expõem devido a sua timidez. Sentem-se ridículas em externar seus sentimentos. Vergonha de sonhar o sonho impossível. Quando elas nãos conseguem algo na vida, se conformam e passam para outra situação. Não quero dizer que estão erradas, longe disso, apenas estou dizendo do porque elas não escrevem. Para exemplificar, quando eu era criança eu sonhava em um dia poder voar, como os pássaros. Hoje, continuo sonhando. Podes rir, mas é verdade.
Assim são os escritores. Inventam as mais fantásticas histórias, envolvendo todo o tipo de situações que se possa imaginar. E as que não se possa também. O pensamento é livre. Podemos pensar qualquer coisa, sem limites ou censuras de quaisquer espécies. Escrever é colocar o que se pensa ou que se imagina no papel. Alguns escritores famosos escreveram sob pseudônimo, ou seja, usando nome falso, para não ser identificado.
Podemos escrever qualquer coisa, mas nem tudo se pode publicar, sob pena de passarmos por mais louco do que somos. Aliás, de poeta e louco todos nós temos um pouco. Claro, a publicação de nossos trabalhos está limitada às leis, culturas, censuras e preconceitos do local. O escritor que mora em cidade pequena fica mais limitado, porque todos se conhecem. Quanto maior a cidade onde o escritor morar, mais liberdade de escrever terá. De qualquer forma, para se escrever é indispensável que se tenha imaginação, criatividade e coragem. Não ter medo de se expor, de passar por ridículo para alguns. Escrever é algo como se despir em público.