Vereador Jonas Dávila (MDB) assumirá a presidência da Câmara Municipal de Sombrio a partir de hoje, ficando no cargo pelos próximos sete meses. Até a última segunda-feira o comando do legislativo sombriense vinha sendo ocupado pelo vereador Rafael dos Santos Silva, o Rafa Enfermeiro (PL), que renunciou a presidência, cumprindo acordo, firmado no final do ano passado, entre os sete vereadores de situação. Por este acordo, tais vereadores partilharão o comando da Câmara ao longo do atual mandato, com seis deles ocupando a presidência por um período de sete meses, e um por um período de seis meses.
É interessante observar que, tanto o ex-presidente Rafa Enfermeiro, quanto Jonas Dávila, que assume hoje a presidência do legislativo, são políticos diretamente interessados na sucessão da prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB), em 2028. Rafa caminha a passos largos para se consolidar como o nome do PL para a próxima disputa municipal. Jonas, por sua vez, ao lado do atual vice-prefeito Jeriel Isoppo, é um dos nomes do MDB para encabeçar uma chapa majoritária na mesma eleição vindoura.
Todos os três têm mantido discrição a respeito deste assunto, com Rafa sendo o que mais se expõe diante desta possibilidade, o que não deixa de oferecer certo risco, levando-se em conta que ele acaba se tornando um alvo fácil para aqueles que não comunguem de seus possíveis propósitos.
Mas não é somente a situação que tem mostrado suas asas em Sombrio. Bem ao contrário de outras eleições, a oposição também tem buscado se posicionar diante do próximo processo de escolha. O Progressistas, principal partido oposicionista, que nos últimos quatro pleitos chegou no ano da eleição sem um Norte definido, agora já conta com dois pré-candidatos a prefeito, faltando ainda três anos para o próximo embate eleitoral em nível municipal. Em princípio, tanto o presidente municipal do partido, Cristian da Rosa, quanto o vereador Dion Elias, estão se dispondo a concorrer ao cargo de prefeito.
Este cenário acabará, fatalmente, adiantando em muito o embate eleitoral em Sombrio, com vistas a sucessão da prefeita Gislaine Cunha. É muito provável que logo após às eleições estaduais do ano que vem o município já entre em clima de disputa municipal, e de forma ainda mais acentuada se o governador Jorginho Mello (PL), que é aliado político da prefeita Gislaine, não conseguir ter êxito em seu projeto de reeleição. Isto insuflaria os ânimos da oposição, especialmente se José Milton Scheffer e Evandro Scaini se saírem exitosos em seus respectivos propósitos de chegarem à Câmara Federal e Estadual pelo Progressistas.
Finais
Além de Rafa Enfermeiro, que deixou a presidência da Câmara de Vereadores de Sombrio nesta semana, e de Jonas Dávila, que assume hoje o comando do legislativo, também serão presidentes da Casa, nesta ordem, os vereadores: Marilon Cardoso de Moraes, o Chico do Maracujá (MDB), Joelmo Silveira (MDB), Mateus Rocha, o Rochinha (MDB), Adriano Coelho de Jesus, o Adriano Magrão (PL), e, por fim, Jucimar Custódio, o Bujão (PSDB). A posse de Bujão como presidente está condicionada a sua permanência como vereador do município. Ocorre que a Justiça Eleitoral da Comarca de Sombrio considerou nulos os votos legislativos do PSDB, referente ao pleito municipal do ano passado, sob o argumento de fraude eleitoral. Com isto, Bujão foi condenado à perda de mandato em primeira instância, mas ele está recorrendo da decisão no exercício de suas funções. Caso a cassação seja confirmada, o acordo entre os vereadores de situação para a escolha dos próximos presidentes da Câmara deverá ser reconfigurado.
Senador Esperidião Amin (PP) encaminhou ontem pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, objetivando apurar supostas falhas de gestão, e de administração, dentro do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, entre 2018 e 2025. Na fundamentação, Amin afirma que, embora uma CPI não possa apurar decisões judiciais, existem denúncias dando conta que existiram irregularidades na condução dos processos que levaram a decisões dos dois Tribunais. O material apresentado pelo senador de forma prévia cita documentos produzidos por ex-servidores das duas instituições como base para as acusações. O parlamentar ainda questionou a atuação do ministro Alexandre de Moraes e caracterização dos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023 como golpe de Estado, o que, de acordo com ele, foge do limite do bom senso. Basicamente, parece bastante claro que Amim quer uma CPI para investigar as ações de Alexandre de Moraes, tanto no Supremo quanto no TSE.