O MDB do Sul do Estado está trabalhando para que o partido tenha três candidatos a deputado estadual e apenas um a deputado federal no ano que vem. Em princípio, os candidatos a estadual seriam o já deputado Tiago Zilli, a ex-deputada Ada de Luca e o ex-prefeito de Orleans, Jorge Koch. Por uma questão de lógica, a candidatura a deputado federal está reservada a Luiz Fernando Vampiro, que na eleição de 2022 ficou na primeira suplência do partido à Câmara Federal, mas que está no exercício da função parlamentar por conta da licença do deputado Carlos Chiodini, atual Secretário de Estado da Agricultura e Pecuária.
Este é o cenário idealizado pelo MDB sulista, que também vislumbra a possibilidade de ter uma candidatura a deputado estadual de um filiado ao movimento afro do partido, muito provavelmente oriundo do município de Criciúma. Todavia, esta seria uma candidatura meramente representativa, fora do radar que objetiva a conquista de cadeiras no legislativo estadual.
Geograficamente, Tiago Zilli representaria a região da Amesc, Ada de Luca a região da Amrec e Jorge Koch a região da Amurel, ainda que Orleans também faça parte da Amrec. Todavia, seu padrinho político é o atual deputado estadual Volnei Weber, do MDB de São Ludgero, que tem sua principal base eleitoral na Amurel.
O partido tem ciência que o lançamento de quatro candidatos à Assembleia Legislativa com potencial eleitoral é suicídio político, com grandes chances de que apenas dois acabem se elegendo. Por outro lado, o lançamento de três candidatos pode, de fato, resultar na eleição de todos. Em várias outras eleições, o MDB já conseguiu eleger no mesmo pleito deputados estaduais pela Amesc, Amrec e Amurel. O MDB de cada região, no entanto, havia abraçado apenas uma candidatura.
No que diz respeito a candidatura à Câmara dos Deputados, a história recente tem sido a melhor conselheira do MDB. Em 2018 o partido lançou Ronaldo Benedet e Edinho Bez, e nenhum dos dois se elegeu. Mesmo destino que tiveram as candidaturas de Luiz Fernando Vampiro e Ada de Luca na eleição de 2022. Parece bastante claro que o lançamento de duas candidaturas a federal em 2026 também têm tudo para não dar certo. Justamente por conta disto o partido fechou questão em relação ao lançamento de apenas um nome.
A grande questão é saber se este nome de fato será o de Luiz Fernando Vampiro, que há tempos tem conversado com o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, a respeito da sua possível migração para o PSD. Em princípio, o propósito de Júlio é o de lançar Vampiro como candidato a deputado estadual pelo PSD de Criciúma. Outra possibilidade é a de que Vampiro permaneça no MDB concorrendo ano que vem a Assembleia Legislativa. No entanto, para que isto aconteça, Ada de Luca teria que declinar de sua candidatura a estadual.
Em um cenário como este, o substituto natural de Vampiro na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados é o ex-deputado federal Edinho Bez, que já manifestou interesse na eleição de 2026.
Finais
Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal aprovou ontem, por 14 votos a 12, emenda do senador Esperidião Amin (UP), ao Projeto de Lei Complementar 112/2021, que obriga a impressão dos votos, nos processos eleitorais, para fins de auditagem. Com a aprovação por parte da CCJ, a emenda proposta pelo senador catarinense vai agora para votação, tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados. Se for aprovada, já a partir da eleição do ano que vem todos os votos realizados através de urnas eletrônicas também serão impressos. Após a impressão o eleitor poderá conferir se o voto digitado na urna eletrônica corresponde ao voto impresso. Feito isto, o voto impresso é depositado em uma segunda urna. O eleitor não poderá tem contato manual com o voto impresso, apenas visual.
E o pastor Silas Malafaia foi proibido pelo Supremo Tribunal Federal de deixar o país e também de manter contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Contra ele, pesa a acusação de orientar Bolsonaro em ações que visavam descredibilizar as investigações judiciais que correm contra o ex-presidente. Malafaia teria trocado várias mensagens de celular com Bolsonaro ao longo das últimas semanas, através das quais passava tais orientações, que depois eram replicadas para grupos de pessoas ligadas ao movimento bolsonarista, que, por sua vez, as repassavam adiante, em efeito cascata. O pastor é o principal aliado religioso do ex-presidente e já promoveu, ou participou, de várias ações políticas em sua defesa. O irônico da história é que a principal crítica de Malafaia está ligada justamente a censura imposta pelo STF a Jair Bolsonaro.