terça-feira, 1 DE julho DE 2025
PolíticaAdesão da Finlândia a Otan leva a nova leva de alertas russos

Adesão da Finlândia a Otan leva a nova leva de alertas russos

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Diante da adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Choigu, voltou a fazer “avisos” quanto às possíveis “consequências” da ação.

Ele avisou que a adesão dos finlandeses e o reforço da prontidão de combate dos aliados ocidentais agravam o risco de um conflito em escala mundial.

As informações são da Reuters e da AFP.

Nessa segunda-feira (3), depois de o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, ter anunciado a oficialização da entrada da Finlândia na aliança atlântica, o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Alexander Grushko, anunciou que Moscou pretende fortalecer a capacidade bélica nas regiões Oeste e Noroeste do país.

O ministro russo quis deixar claro que a adesão da Finlândia “potencializa os riscos de uma expansão significativa do conflito” na Ucrânia, mas “não afeta” o resultado da “operação militar especial” – termo usado pela Rússia desde o início da invasão – no território ucraniano.

Moscou tem mantido desde o início da invasão que seus esforços militares na região não são uma força de invasão, mas “proteção de cidadãos russos” – na Rússia, formadores de opinião e porta-vozes de estado negaram, repetidamente, a própria noção da Ucrânia como “nação soberana”. De lá para cá, a operação “de duas semanas”, como anunciado no início da ação, já se arrasta por mais de um ano.

Com a adesão da Finlândia, Choigu reafirmou que o esforço da Otan para aumentar a força de combate aumenta também o risco de conflito.

O ministro afirmou que, diante da “agressão”, Moscou se vê obrigada a tomar medidas para “garantir a segurança da Rússia” em resposta à adesão da Finlândia à aliança militar.

O discurso belicista não é novidade: a retórica de que a invasão ao território ucraniano seria uma forma de “garantir a segurança russa” já era usado na primeira invasão da Ucrânia, em 2014. Na época, separatistas russos na região de Donbass tomaram prédios públicos e declararam as províncias de Donestk e Luhansk “repúblicas populares independentes”.

A defesa dessas “repúblicas populares” foi parte da argumentação moscovita para alegar que não estariam invadindo a Ucrânia. Em fevereiro do ano passado, pouco antes da “operação militar especial” ter início, Putin reconheceu as duas regiões como “nações soberanas”; no mesmo discurso, alegou que a Ucrânia não tem tradição de soberania e seria apenas “um protetorado dos EUA”, não de fato um país.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou a decisão de Helsinque de ingressar no bloco como um atentado contra a segurança russa, acusando ao mesmo tempo a Otan de ser hostil com a Rússia. Para Moscou, trata-se de mais um agravamento da situação.

“A ampliação da Otan é um atentado à nossa segurança e aos nossos interesses nacionais”, declarou em entrevista, acrescentando que a Rússia foi forçada a “tomar contramedidas”.

“Vamos acompanhar cuidadosamente o que está acontecendo na Finlândia e como isso nos ameaça. Serão tomadas medidas de acordo com isso”, afirmou Peskov.

OCP News

spot_img
spot_img

Matérias Relacionadas

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.