O rapper Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, permanece preso há mais de um mês, enquanto a lista de acusações contra ele cresce a cada dia. As alegações incluem estupro, tráfico sexual, agressão física e verbal, porte de armas e drogas, e promoção da prostituição. O que torna o caso ainda mais chocante são os detalhes sórdidos que continuam surgindo, pintando um quadro perturbador das chamadas festas “freak offs”, que Diddy promovia.
Nessas festas, aparentemente inofensivas até certo ponto, por volta das 2h da madrugada, o cenário mudava radicalmente, com mulheres circulando nuas, sinalizando o início de maratonas sexuais. Vídeos comprometedores de celebridades de Hollywood e da indústria musical supostamente participando de atos sexuais não consensuais ameaçam vir à tona. Embora nenhum nome tenha sido confirmado, Diddy já foi visto ao lado de figuras como Jay-Z, Beyoncé, Leonardo DiCaprio, e Mariah Carey.
Nesta semana, o advogado Tony Buzbee, responsável pelas mais de 120 acusações de abuso sexual contra o rapper, afirmou que outras celebridades poderão ser processadas, e algumas delas estariam considerando acordos financeiros para evitar exposição pública.
Além disso, relatos indicam que durante as festas, potes de óleo de bebê misturados com um poderoso anestésico circulavam livremente, facilitando abusos e estupros coletivos. As vítimas, incapazes de se defender, incluíam homens, mulheres, meninos e meninas.
Diddy foi preso sem possibilidade de fiança, mas ofereceu US$ 50 milhões, além de testes diários para drogas e restrições a visitas, em troca de aguardar seu julgamento em prisão domiciliar. A Justiça americana rejeitou a proposta pela quarta vez. O rapper agora está detido no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, mesma prisão onde o cantor R. Kelly aguardou julgamento por crimes semelhantes.
Com uma fortuna estimada em US$ 1 bilhão, Diddy enfrentou problemas com a lei anteriormente. Em um incidente envolvendo sua ex-namorada Jennifer Lopez, ele foi preso após um tiroteio em uma boate em 1999, do qual ambos foram inocentados.
Dentre as novas acusações, destaca-se um processo movido pela ex-namorada do rapper, Cassie Ventura, que o acusou de abuso físico e estupro. Embora Diddy tenha resolvido o caso com um acordo financeiro, imagens de uma câmera de segurança divulgadas em maio confirmaram as agressões. Outras cinco vítimas também apresentaram queixas contra o rapper.
Diddy poderá enfrentar prisão perpétua se for condenado pelos crimes de que é acusado. O julgamento, ainda sem data marcada, promete ser um espetáculo de repercussão internacional, com inúmeras celebridades e figuras influentes possivelmente envolvidas.