Dezembro chegou! E com ele vem a família reunida, comida boa, presentes e as famosas luzes de Natal. E neste início, já deixo uma breve reflexão: como nós, cegos, vemos ou percebemos toda essa magia natalina?
Nem todo cego vive em completa escuridão. Existem pessoas cegas que conseguem ter uma leve percepção de luz, sombras e os outros sentidos mais atentos.
Através do tato, conseguimos perfeitamente enfeitar e apreciar uma boa decoração. Então você se pergunta: e as cores? Hoje em dia, temos aplicativos que nos descrevem objetos e seus detalhes, e também a arte de enfeitar um pinheirinho sempre vem para aproximar aqueles que amamos.
Do presépio à estrela no topo da árvore, um crescente de emoções. Lembranças de natais passados, de pessoas que já se foram, mas que ainda fazem parte da nossa vida. No final, o coração quentinho por mais um momento em que nossa vida recebe aquele toque de esperança.
Quando eu era criança, a caixa de remédio do meu avô, bem embalada com papel colorido e lacinho, se tornava uma miniatura de presente. E apenas um cordão do tal pisca-pisca já era o suficiente. Eis aqui uma colunista com os olhos marejados pela lembrança e com a certeza de que até uma mesa vazia se torna farta quando estamos reunidos com a família ou com amigos que se tornam parte de nós.
Eu deixo meu convite para que, se você não tiver nada para presentear, um abraço sempre será bem-vindo.
Obrigada por ler até aqui.
E que venha o panetone!
Como pessoas cegas percebem o Natal?
