O badminton, um dos esportes de raquete mais rápidos do mundo e modalidade olímpica desde 1992, vem conquistando espaço na Escola de Educação Básica Macário Borba — a Escola Jovem. E, junto com o esporte, cresce também o orgulho da comunidade escolar, que agora celebra a conquista da estudante Ana Clara Marcos Nunes, classificada para a fase estadual dos Jogos Escolares de Santa Catarina (JESC), levando o nome da escola e do município ainda mais longe.
Ana Clara, de 17 anos, conta que se apaixonou pelo esporte desde o primeiro contato. “O que mais me chamou atenção no badminton foi a velocidade. Eu sou apaixonada por esportes rápidos. Comecei brincando nas aulas de Educação Física no primeiro ano do Ensino Médio, mas depois percebi que poderia ir além. Quando surgiu a oportunidade de participar dos Jogos Escolares, levei mais a sério e decidi me dedicar de verdade”, relata.
A professora Milene de Souza Duarte explica que a proposta de trabalhar o badminton surgiu da busca constante por inovação e pela oferta de novas experiências aos alunos. “Nosso objetivo é diversificar as práticas corporais. Adaptamos a quadra da escola e, aos poucos, fomos superando desafios, despertando o interesse dos alunos e mostrando que é possível aprender e se destacar em modalidades além das tradicionais”, destaca.
Superando desafios em um esporte pouco conhecido
Apesar de ser extremamente popular em países como China, Indonésia e Dinamarca, o badminton ainda é pouco conhecido no Brasil. A falta de divulgação, escassez de infraestrutura e o domínio de esportes como futebol e vôlei dificultam a popularização.
Mesmo assim, a realidade começa a mudar. “A inclusão do badminton nos Jogos Escolares foi fundamental. Isso despertou não só o interesse dos alunos, mas também da comunidade e das famílias”, comenta Milene.
Uma trajetória construída com esforço e paixão
A caminhada no badminton até a fase estadual não foi fácil. O caminho começa na etapa municipal, passa pela microrregional, regional e, então, chega à estadual. E quem se destaca, como Ana Clara, ainda tem a chance de ir para a fase nacional.
“Quando eu ganhei na fase regional e vi que estava classificada para o estadual, eu fiquei sem reação. Eu estava muito nervosa, achei que não ia conseguir, mas no final deu tudo certo. Foi uma emoção surreal. Só consegui abraçar meus professores, tamanha foi a felicidade”, relembra Ana.
O sonho, agora, é ir além. “Meu objetivo é chegar na fase nacional. Sei que vai ser muito difícil, porque agora vou enfrentar meninas muito boas, mas acredito no meu potencial. Estou focada, treinando muito e me dedicando ao máximo. Se Deus quiser, eu vou conquistar”, afirma.
Força, união e superação
O projeto de badminton na escola enfrenta desafios. Com uma quadra adaptada e poucos materiais específicos, o desenvolvimento da modalidade acontece graças à união de alunos, professores e famílias. “O apoio da direção, dos professores Cláudio Henrique e Milene, dos colegas e da minha família está sendo essencial. Mesmo sem muito suporte na nossa região, a gente se ajuda, treina junto e segue em frente”, ressalta Ana Clara.
Inspiração dentro e fora das quadras
Para Milene, o exemplo de Ana Clara reflete o poder transformador do esporte. “Ela começou curiosa, querendo entender como funcionava o badminton, e logo se apaixonou. Hoje, é uma atleta dedicada, disciplinada e extremamente focada. Ela inspira outros alunos a acreditarem que, com esforço, é possível ir além.”
Ana também deixa um recado para quem deseja começar no esporte: “Foco, disciplina e não desistir. Nem sempre a gente vai ganhar, mas o mais importante é não desistir e seguir em frente. O caminho é difícil, mas no final sempre vale a pena.”
Esporte que transforma
O badminton cresce no Brasil, impulsionado por projetos como o da Escola Jovem. “Fazer parte desse movimento é motivo de muito orgulho para nossa escola e nossa comunidade. É um esporte maravilhoso, que ensina sobre dedicação, superação e trabalho em equipe”, finaliza Milene.
A conquista de Ana Clara é coletiva. A escola, os colegas, os professores e a comunidade estão juntos, vibrando e torcendo por ela — prova de que o esporte vai muito além da competição: ele transforma vidas.