A coleta e o tratamento do esgoto fazem parte da rotina do setor de saneamento básico e são fundamentais para a população, já que contribuem diretamente com a saúde, qualidade de vida da sociedade e preservação do meio ambiente. O Samae de Araranguá alerta a população sobre os prejuízos do descarte irregular de resíduos nas redes de esgoto.
A técnica em Saneamento Ambiental, Bruna Inácio Nazário, que trabalha no Samae há um ano e meio demonstra preocupação quanto ao incorreto descarte de materiais feito por populares junto à rede de esgotamento sanitário. A prática, além de prejudicar a rotina de trabalho, também pode causar prejuízo. Os resíduos que deveriam ser descartados no lixo, mas, acabam equivocadamente depositados na rede de esgoto, prejudicam todo o sistema e a população. A sujeira pode obstruir a rede, causando o retorno do esgoto para dentro dos imóveis, ou o seu vazamento pelos poços de visitas e até mesmo causar o rompimento do cano, que é dimensionado para receber apenas esgotos.
“Na tubulação da Estação de Tratamento de Efluentes, situada no bairro Urussanguinha, já observamos a presença de elementos como fraldas descartáveis, papéis, plásticos, entre outros. Esta prática constantemente tem causado transtorno no processo operacional na rede”, revela.
Bruna Inácio Nazário destaca que a conscientização das pessoas pode alterar este panorama. Ela lembra que, na outra estação do Samae de Araranguá, no Parque Alvorada, ocorrem problemas semelhantes.
Tiras de pneu descartadas na rede
No Parque Alvorada, o operador de estação, Ari José da Silva relata que, nos últimos dias, além dos dejetos irregularmente descartados pela população na rede de esgoto foi observada a presença de pedaços de borracha de pneus. Além de volumoso e sólido, estima-se que este tipo de borracha leve 600 anos para sua decomposição. Além disso, ocupam um espaço considerável nos aterros sanitários e, se incinerados de forma incorreta, tornam-se agentes da poluição atmosférica.
Procedimento adequado
O correto é sempre jogar lixo no destino adequado, jamais utilizando ralos de pias ou vasos sanitários. No caso do óleo de fritura a recomendação é providenciar o armazenamento deste resíduo em garrafas plásticas, fazendo o descarte em pontos de coleta para que posteriormente seja reciclado. “São ações simples que fazem toda a diferença. Isso evita, por exemplo, a formação da famosa “gordura”, que pode obstruir tubulações e é resultado do descarte incorreto do óleo de fritura pelo ralo da pia”, orienta Bruna.