A Indústria de Defesa, formada por todos os tipos de negócios que atendem as forças armadas do mundo inteiro, movimentaram em 2020 cerca de 2 trilhões de dólares. O setor compreende os mais diversos segmentos, desde a cadeia de suprimentos que envolve o fornecimento de alimentos, vestuário, insumos e de tecnologia utilizados por exército, aeronáutica e marinha.
Estados Unidos, com 40%, e China, com 13% do volume de recursos aplicados no setor, formam os principais mercados que absorvem produtos e serviços, enquanto o Brasil representa 1% do valor global.
Na avaliação de especialistas, o conflito entre Rússia e Ucrânia deve acelerar um aumento nos investimentos em um mercado que ainda é pouco explorado por muitas empresas com potencial para atender a indústria de defesa.
Só em 2018, as licitações e contratos das Forças Armadas somaram R$ 17,5 bilhões, conforme dados do portal da transparência do governo federal. Em 2021, o Estado comercializou com o Ministério da Defesa R$ 302 milhões, com destaque para o fornecimento da indústria têxtil (confecção e couro), de produtos químicos e plástico, de alimentos e bebidas, de máquinas, peças e de equipamentos tecnológicos.
Para estimular a ampliação de negócios de empresas da região no setor, a Fiesc promoveu recentemente um encontro em Jaraguá do Sul, por iniciativa do Comitê da Indústria de Defesa e da Câmara de Desenvolvimento da Micro e Pequena Indústria, liderada pelo vice-presidente regional no Vale do Itapocu, Célio Bayer.
Além de reuniões setoriais, outro evento organizado pelo Comdefesa é a SC Expo Defense, que ocorre nos dias 19 e 20 de maio, na Base Aérea de Florianópolis, com uma exposição de produtos de tecnologia, inovação e defesa e a apresentação de oportunidades de conexão e de fechamento de negócios para o segmento da defesa nacional e internacional.
Segundo Célio Bayer a região oferece, graças à sua matriz econômica diversificada, muitas possibilidades de negócios com o setor. Em Santa Catarina, 14 organizações já são cadastradas como Empresas Estratégicas.
Outras duas organizações estão cadastradas como Empresas de Defesa. Há oportunidades também para as micro e pequenas, que podem se credenciar ao fornecimento militar, mas é necessário se integrar ao Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (https://www.gov.br/compras/pt-br/sistemas/conheca-o-compras/sicaf-digital) e no Portal de Compras Governamentais (https://www.gov.br/compras/pt-br).
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