O município de Meleiro vem sendo o epicentro de tornados nos últimos dias. Desde o último sábado, dia 5, ocorrências com prejuízos no setor primário e terciário têm sido registradas em Meleiro. Outro tornado chegou a se formar, mas logo se desmanchou na tarde desta quarta-feira, dia 9, como relata o engenheiro de Obras da Prefeitura, João Francisco Nazário.
“Eu estava na Boa Vista, filmando na direção na Linha São José e Sanga Grande, por três vezes esteve se formando o redemoinho do tornado, mas acabou se desmanchando”, relatou o engenheiro de Obras da Prefeitura de Meleiro, João Francisco Nazário, que na tarde desta quarta-feira, estava vistoriando as obras da ponte que está sendo edificada sobre o Rio Jundiá, no limite com o município de Turvo. Os principais veículos de comunicação do Estado e região, tomaram conhecimento da notícia e buscaram as imagens registrada pelo engenheiro.
De acordo com o meteorologista Leandro Puchalski, imagens de satélite não indicam, nesta quarta, nuvens associadas a formação de um tornado na região. “Dá para dizer que é a mesma nuvem que traz tornado. Não dá para ver se tem rotação, mas se vê que não toca o solo. Portanto, uma nuvem funil que não provoca estragos”, disse.
Formação dos tornados
1 – A massa de ar frio forma uma “tampa” sobre a massa de ar quente próxima ao solo, impedindo a formação de nuvens. Com a entrada de uma frente fria ou pelo aquecimento excessivo da faixa de ar próxima ao solo, o ar quente rompe a tampa e invade a massa de ar frio.
2 – O ar quente sobe e se expande, com velocidade que pode chegar a 250 KM/h. A instabilidade na atmosfera pode fazer com que o movimento de expansão ocorra em forma espiral.
3 – Umidade condensada cai em forma de chuva. Com a evaporação, o tornado se forma abaixo da “tampa” em área onde não há chuva. Ao contrário dos furacões, os tornados são compactos e de curta duração.
Um tornado normalmente apresenta 100 metros de extensão, e sua duração é de poucos minutos.