Sul Catarinense mostrou prestígio ao movimento em defesa das Universidades Comunitárias, promovido pela Alesc, com apoio da Acafe e da Unesc, que reuniu mais de 3 mil pessoas
Criciúma
Região
A força das Universidades Comunitárias, em especial da Unesc, esteve em evidência na noite de segunda-feira, dia 24, no Fórum Parlamentar em Defesa das Instituições de Ensino Superior Comunitárias de Santa Catarina do Sistema Acafe. No Sul, o movimento chegou a Criciúma, cidade sede da Unesc, com um grande evento, o nono da agenda da Casa Legislativa pelo Estado.
Com 3 mil pessoas lotando o espaço destinado ao Fórum, a Alesc reuniu as principais lideranças políticas, comunitárias e empresariais do Extremo Sul Catarinense para uma manifestação coletiva de apoio ao trabalho desenvolvido há 55 anos junto à comunidade.
Um palco lotado de autoridades das mais diversas instituições e uma plateia qualificada que tomou conta do AM Master Hall, em Criciúma. Diferentes pontos de vista para uma conclusão em comum: a necessidade de preservar as Instituições de cunho Comunitário.
A noite de mobilização serviu, não apenas para mostrar a força do movimento em prol das Instituições,mas também para evidenciar os motivos pelos quais estas defesas e demonstrar o apoio.
Aperfeiçoar e fortalecer
Encantado com a mobilização encontrada em Criciúma, o deputado estadual proponente do Fórum na Assembleia Legislativa, Napoleão Bernardes, fez questão de destacar que o objetivo do grupo criado na Alesc é aperfeiçoar e fortalecer cada vez mais esse modelo que é de sucesso consolidado no Estado.
“Encontros como esse são reconhecimento público desse modelo tão importante e estratégico para Santa Catarina. As Universidades Comunitárias estão há mais de 50 anos oferecendo Ensino de excelência, Pesquisa de alta qualidade para, com a Inovação, agregar cada vez mais valor ao setor produtivo e praticar a Extensão atendendo mais e mais catarinenses nas suas necessidades”, pontuou Napoleão.
Apoio constante
Conforme a presidente da Acafe, a Associação Catarinense das Fundações Educacionais, e reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, é unânime para quem conhece de perto a realidade das Instituições e as transformações possibilitadas por elas. “Me parece que a representação da sociedade dispensaria qualquer palavra, mas faço uso da fala para cumprimentar e agradecer aqueles que nos ajudam a fazer a diferença, dentre os quais tantos estão aqui nos dando a honra de suas presenças, parlamentares, lideranças, estudantes e todos que fazem nosso ecossistema ser forte como é”, apontou, orgulhosa, a reitora.
O movimento massivo iniciado em 1968 por desejo e trabalho da comunidade, de acordo com Luciane, é perpetuado por meio da vontade e da dedicação desta mesma protagonista: a comunidade. “A mobilização iniciada com as pessoas da nossa sociedade se perpetuará com vocês, estudantes. Continuará com vocês e para vocês, que juntos aos nossos professores, pesquisadores e colabores, dão sentido e vida ao nosso trabalho diário”, acrescentou, dirigindo-se aos acadêmicos participantes do evento.
Defesa da educação de excelência
Presidente da comissão de Educação da Alesc, a deputada Luciane Carminatti fez discurso efusivo na defesa daquilo que, conforme ela, sempre foi sua luta. “Sempre defendi a educação e as Comunitárias porque sei que dinheiro público tem que ir para a comunidade. Estamos juntos nessa luta por muitas “Unescs” em Santa Catarina”, enalteceu.
A representatividade do evento, evidenciada por um palco repleto de lideranças dos mais variados segmentos, para a deputado, deixam muito claro o papel a unanimidade da Unesc e das Instituições Comunitárias. “A reitora Luciane é exemplo de liderança e a prova disso é a representação que tem aqui: isso é Universidade Comunitária. Cada vez que venho aqui tenho mais orgulho dessa Universidade. Vocês, estudantes que estão conosco nessa luta, professores, colaboradores, são a esperança de dias melhores”, acrescentou.
Olhar de quem vive a academia
Em nome dos estudantes, a presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Unesc, Gabriela Minhos, evidenciou o apelo pela continuidade do apoio dedicado ao modelo comunitário de Ensino Superior. “Reafirmamos nosso compromisso e pedimos que todos vocês aqui presentes reafirmem também o esforço pelo objetivo que temos em comum. É um compromisso, com as famílias, com as comunidades, com os estudantes, que garantem que o Estado siga crescendo”, salientou.
Participaram do evento ainda, representantes do DCE, Diretório Central dos Estudantes, CA’s, Centros Acadêmicos, DA’s, Diretórios Acadêmicos, e Atléticas dos cursos da Unesc.
Defesas dos deputados presentes
“As Universidades Comunitárias levaram a educação onde o poder público não conseguia. Santa Catarina é um Estado diferenciado e uma das alavancas para isso são as Instituições Comunitárias. Estou aqui para reconhecer a importância deste trabalho até aqui e, mais do que isso, ressaltar o potencial que o Sistema Acafe tem de continuar fazendo a diferença no futuro catarinense”, disse o deputado Zé Milton Scheffer.
“Esse movimento é importante porque até recentemente a maioria dos estudantes não sabia a diferença da sua Universidade Comunitária em comparado com as privadas. Agora está muito claro”, declarou a deputada Paulinha.
“Tendo sido prefeito, sei da força que as Universidades Comunitárias têm nos nossos municípios. Ver essa linda mobilização só me deixa a certeza do dever cumprido de apoiar essa causa. Não é só uma decisão, é nosso dever defender esse modelo em nome de todo potencial que nossas instituições têm”, falou o deputado Tiago Zilli.
“Não há forma de transformar e construir sociedade digna que não seja pela educação. Diante disso, é preciso que se deixe claro a diferença das comunitárias e das privadas. O lucro da Comunitária é social. O da privada é financeiro. É simples. Só recebemos um pedido hoje e quero responder: é com as comunitárias o nosso compromisso”, ponderou o deputado Júlio Garcia.
Apoio virtual
Além dos deputados presentes, enviaram mensagens de apoio ao movimento os parlamentares Rodrigo Minotto, Ivan Naatz e os deputados federais Daniel Freitas, Julia Zanatta e Ricardo Guidi, além do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro.
