Nesta semana, a repórter do Correio do Sul Gislaine Fontoura sofreu uma tentativa de golpe pelo celular. Já a repórter Mel Farias, do Portal C1 e Rádio 93 FM foi vítima de um golpe, quando clonaram seu celular
Araranguá
Apesar de todo o esforço da polícia, criminosos continuam aplicando golpes via redes sociais. Nesta semana, a repórter do Correio do Sul, Gislaine Fontoura, sofreu uma tentativa de golpe pelo celular. Parentes dela também foram envolvidos e sua sobrinha teve a foto utilizada por um golpista, que tentou se passar por ela, via WhatsApp. A repórter Mel Farias, da Rádio 93 FM e do Portal C1, também foi vítima de um golpe, quando clonaram seu celular.
Para denunciar o caso, as duas foram à Delegacia de Polícia Civil de Turvo, onde conversaram com o delegado Lucas Fernandes da Rosa. Gislaine também registrou um Boletim de Ocorrência.
De acordo com o delegado, por causa da pandemia os golpes ficaram mais comuns. “Esses crimes já aconteciam, mas agora com mais intensidade, porque as pessoas estão mais dependentes da tecnologia, e isso levou os criminosos a verificarem esse campo fértil para golpes”, comenta. Em Turvo, muitas ocorrências foram registradas recentemente, inclusive com o pedido de dinheiro em nome de parentes.
É preciso desconfiar
Nesses casos, é preciso sempre desconfiar, confirmar com o familiar e registrar um Boletim de Ocorrência o quanto antes. Além disso, há outras atitudes que podem ajudar a evitar os golpes. “Uma delas é colocar a sua foto de perfil para que apenas pessoas que tenham seu contato possam ver. Assim, não é possível que os criminosos peguem sua imagem e usem em outro número”, aconselha. Ao ver a imagem de alguém conhecido no perfil, as vítimas acabam acreditando no golpe.
O próprio delegado já foi envolvido em um golpe meses atrás. No caso dele, uma imagem foi tirada de reportagens veiculadas na imprensa e utilizada como foto de perfil de um número de WhatsApp, para que criminosos se passassem pela autoridade policial. A imagem e nome do delegado foi usada para extorquir homens que caíram no ‘Golpe do Nudes’. “No golpe, uma garota adiciona um determinado indivíduo pré-selecionado por eles nas redes sociais, trocam mensagens, trocam nudes, e em seguida vem um pai dizendo que ela é menor de idade, que está passando por problemas psicológicos e precisa de um certo valor. Entra um delegado, que é onde usaram a minha imagem, e começam a extorquir a vítima”, explica Lucas. O delegado ainda conta que os golpistas garantem que o inquérito fictício contra a vítima será arquivado caso seja depositada a quantia exigida.
A melhor forma de prevenir qualquer clonagem de aparelho ou de número: não validando qualquer código de verificação recebido por mensagem. “Normalmente para clonar seu celular esses criminosos precisam de um código de verificação e utilizam de algum meio, ligação, mandam mensagens, e fazem com que você encaminhe para eles esse código de verificação. Assim que recebem, eles habilitam seu WhatsApp no telefone deles, pegam seus contatos e começam a pedir dinheiro”, prossegue. Existe ainda o procedimento de verificação em três etapas, que bloqueia o aplicativo em caso de clonagem.