terça-feira, 9 DE setembro DE 2025
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Frio a caminho pode trazer geada a SC em novembro

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Embora a primavera avance e comece a se registrar um aumento dos dias de temperatura mais alta, e esta semana será uma evidência com algumas tardes de calor, o frio ainda não vai ficar para trás e, acredite, novembro tem chance de ter ainda madrugadas muito frias e até com chance de marcas negativas e geada.

O que impressiona são os indicativos de vários modelos de tempo e clima que o mês de novembro ainda pode ter madrugadas de frio no Sul do Brasil, quando no penúltimo mês do ano incursões de ar frio são muito menos comuns e quando ocorrem, por regra, são de muito fraca intensidade. Em um período do ano em que o calor já deveria predominar e o regime de chuva gradualmente mudar para o de verão com pancadas associadas ao calor e umidade, os dados apontam uma incursão de ar frio mais forte.

Diversos modelos globais apontam hoje que entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro uma massa de ar frio de grande dimensão e forte para esta época do ano poderia avançar pelo Sul do Brasil, podendo alcançar mesmo o Centro-Oeste e o Sudeste. É o caso do modelo europeu, reputado o de maior acerto no mundo. Trata-se de cenário que normalmente se enxerga no máximo até setembro ou início de outubro, mas no começo de novembro.

Por isso, o ensemble do modelo europeu está projetando uma primeira semana de novembro com temperatura abaixo da média em muitas áreas do Centro-Sul do Brasil, como efeito desta incursão de ar mais frio.

Prognóstico de geada uma semana antes são razoavelmente precisos durante o inverno, mas nesta época do ano prognósticos do fenômeno adquirem precisão somente mais a curto prazo, poucos dias antes. Mesmo assim, chama a atenção, por efeito da incursão fria que projetam, que alguns modelos estão indicando possibilidade de geada tardia no Sul do Brasil nos primeiros dias de novembro.

Uma massa de ar frio tão tardia não ocorre por acaso. O padrão atmosférico está diferente do normal nesta primavera. Tanto que a estação começou já na sua primeira madrugada com queda de neve e, inclusive, com acumulação no Sul do país.

A explicação está no Pacífico, onde a La Niña se intensificou demais parte mais a Leste do oceano em sua região equatorial, perto dos litorais do Equador e do Peru, com características de La Niña costeira intensa a ponto de atingir anomalias de temperatura da superfície do mar comuns em eventos de Super La Niña costeira.

De acordo com o último boletim semanal da NOAA, a última semana teve anomalia de temperatura da superfície do mar de -0,8ºC na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central, que é usada para definir se há El Niño ou La Ninã. O valor está na faixa de fraca intensidade de -0,5ºC a -0,9ºC.

Por outro lado, a chamada região Niño 1+2, perto das costas do Equador e do Peru, que costuma impactar as precipitações mais no verão e a temperatura no Sul do Brasil em qualquer época do ano, apresentava na última semana uma anomalia de -2,0ºC, portanto um valor no patamar de La Niña muito intensa, inclusive de Super La Niña.

Tal área do Pacífico tem grande correlação com a chuva no Sul do Brasil durante os meses do final do final da primavera e do verão com maior probabilidade de estiagem se estiver em território negativo e maior chance de chuva perto ou acima da média se estiver em terreno positivo. Se negativa, tende a favorecer mais incursões frias no Sul do país e tardias na primavera, o que vem se verificando.

Desde a semana de 12 de dezembro de 2007 não se tinha uma anomalia negativa tão grande nas costas do Peru e do Equador, na denominada região Niño 1+2. Em dezembro, em 2007, a anomalia chegou a -2,4ºC. Também, desde outubro de 2007 o Pacífico Equatorial Leste não registrava uma anomalia tão abaixo da média. Em outubro de 2007, as anomalias semanais da região Niño 1+2 foram de -2,3ºC na semana de 3 de outubro, -1,9ºC em 10 de outubro, -2,2ºC em 17 de outubro, -1,8ºC em 24 de outubro e -1,5ºC em 31 de outubro.

Fonte: Metsul

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