O nome Helena, eternizado na teledramaturgia brasileira pelas protagonistas criadas pelo autor Manoel Carlos, voltou a liderar a preferência dos pais em todo o país. Em 2025, Helena foi o nome mais registrado no Brasil pelo segundo ano consecutivo, consolidando-se no topo do ranking nacional de registros civis.
Antes de Helena assumir a liderança em 2024 e 2025, a última vez que um nome feminino ocupou a primeira posição foi em 2016, com Maria Eduarda. Desde então, o ranking foi dominado por nomes masculinos, especialmente Miguel, que liderou entre 2020 e 2023 e também em 2017, além de Enzo Gabriel, que ficou em primeiro lugar em 2018 e 2019.
Os dados fazem parte do levantamento do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), entidade que reúne os cartórios de registro civil de todo o país.
Tendências: nomes curtos, tradição e influência digital
De acordo com a Arpen-Brasil, o ranking revela uma preferência nacional por nomes curtos, de fácil pronúncia e com boa sonoridade, muitos deles com apelo internacional. Entre os exemplos estão Gael, Ravi, Theo, Noah e Maitê. A entidade também aponta uma combinação entre tradição — com forte presença de nomes de origem bíblica — e originalidade influenciada por personalidades do universo digital.
“O ranking nacional de nomes nasce de uma base pública, segura e atualizada diariamente. Isso permite acompanhar, com precisão, como as preferências das famílias brasileiras evoluem ano a ano em todas as regiões do país”, destacou o presidente da Arpen-Brasil, Devanir Garcia.
Influência de famosos nos registros
Os dados também mostram como nomes escolhidos por artistas e influenciadores digitais impactam diretamente as escolhas das famílias brasileiras. Um exemplo é Ravi, nome do segundo filho dos influenciadores e ex-BBBs Viih Tube e Eliezer, nascido em novembro de 2024. O nome apresentou crescimento acelerado nos últimos anos: ocupava a 14ª posição em 2022, subiu para a 11ª em 2023, alcançou o 4º lugar em 2024 e, em 2025, aparece na segunda colocação geral, desbancando Miguel.
Outro caso emblemático é o de Maria Alice, nome escolhido por Virgínia Fonseca e pelo cantor Zé Felipe para a filha nascida em 2021. Naquele ano, o nome ocupava a 13ª posição, subiu para o 3º lugar em 2022, manteve-se no top 10 em 2023 e, em 2024, caiu para a 17ª colocação, mostrando como as tendências também podem ser passageiras.
Equilíbrio entre gêneros
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam um equilíbrio nos nascimentos por gênero no país. Em 2024, os meninos representaram 51,1% dos nascidos vivos, enquanto as meninas corresponderam a 48,8%, o que se reflete na diversidade do ranking de nomes mais escolhidos.
Retrospecto dos nomes mais registrados nos últimos 10 anos
2015: Maria Eduarda
2016: Maria Eduarda
2017: Miguel
2018: Enzo Gabriel
2019: Enzo Gabriel
2020: Miguel
2021: Miguel
2022: Miguel
2023: Miguel
2024: Helena
2025: Helena
Os 10 nomes mais registrados no Brasil em 2025
Helena – 28.271
Ravi – 21.982
Miguel – 21.654
Maitê – 20.677
Cecília – 20.378
Heitor – 17.751
Arthur – 17.514
Maria Cecília – 16.889
Theo – 16.766
Aurora – 16.506
Top 10 nomes femininos em 2025
Helena – 28.271
Maitê – 20.677
Cecília – 20.378
Maria Cecília – 16.889
Aurora – 16.506
Alice – 14.777
Laura – 14.487
Antonella – 10.436
Isis – 10.378
Heloísa – 9.703
Top 10 nomes masculinos em 2025
Ravi – 21.982
Miguel – 21.654
Heitor – 17.751
Arthur – 17.514
Theo – 16.766
Gael – 16.201
Bernardo – 15.395
Davi – 14.425
Noah – 14.182
Samuel – 14.021
O levantamento reforça como cultura, mídia e comportamento social caminham juntos, influenciando até mesmo uma das primeiras e mais importantes escolhas feitas por uma família: o nome de um filho.










