O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) alerta a população sobre os riscos da espatódea (Spathodea campanulata), árvore exótica africana cuja manutenção, produção ou plantio é proibida por lei estadual. O descumprimento da norma pode resultar em multa, além de exigir a substituição das árvores por espécies nativas.
Originária da África Ocidental, a espatódea — também chamada de bisnagueira ou tulipeira-do-gabão — é tóxica para abelhas nativas e até para a Apis mellifera, comprometendo a polinização, essencial à biodiversidade e à produção agrícola.
Segundo Elaine Zuchiwschi, coordenadora do Programa Estadual de Espécies Exóticas Invasoras do IMA, a lei busca promover o manejo consciente das espécies da flora e fauna, garantindo equilíbrio ambiental e preservação da fauna polinizadora.
O que a lei determina
Proibição da produção de mudas e do plantio de novas árvores da espécie.
Espatódeas existentes devem ser cortadas e substituídas por espécies nativas em áreas públicas e urbanas.
O descumprimento da lei acarreta multa.
Em propriedades privadas, o corte pode exigir autorização da prefeitura; em Áreas de Preservação Permanente (APPs), a retirada deve ser acompanhada de técnico habilitado.
Espécies nativas recomendadas para substituição
Região costeira: mangue-formiga, aroeira, ingá-cipó.
Mata Atlântica: ipê-amarelo, pau-angelim, corticeira.
Serra e planalto: canafístula, camboatá, caroba.
Região oeste: ipê-roxo, timbaúva, canjerana.
O IMA reforça que plantar espécies nativas garante equilíbrio ecológico, adaptação ao clima e solo locais e segurança para a fauna.