Na manhã desta quarta-feira (29), uma ação nacional coordenada pelo Ministério Público resultou em mandados de busca e apreensão em sete cidades catarinenses, incluindo Araranguá, como parte da Operação Libertas, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e pela Polícia Militar Ambiental. A iniciativa teve apoio da 21ª Promotoria de Justiça de Joinville e integra o Projeto Libertas, que visa fortalecer o combate aos crimes contra a fauna silvestre no país.
Ao todo, 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Santa Catarina contra 12 investigados. As diligências ocorreram de forma simultânea em Joinville, Florianópolis, Armazém, Joaçaba, Águas Mornas, Araranguá e Brusque.
Prisões, apreensões e multas
Durante a operação, foram realizadas seis prisões em flagrante — três por porte ilegal de arma de fogo e três pelo uso de documentos falsos.
Foram apreendidos:
101 animais silvestres
113 animais exóticos
3 armas de fogo
1.164 munições
11 celulares
Documentos falsos
As equipes também lavraram autuações ambientais que somam R$ 52 mil. Os animais resgatados serão encaminhados para centros autorizados, como os CETAS (Centros de Triagem de Animais Silvestres).
Destaque para Araranguá
Em Araranguá, agentes do GAECO e da Polícia Militar Ambiental cumpriram mandado em endereço ligado a um dos alvos da investigação. Segundo informações apuradas pela reportagem, o objetivo foi localizar animais silvestres mantidos irregularmente e possíveis materiais relacionados ao tráfico de fauna.
A PMA informou que os procedimentos seguiram protocolos de biossegurança e bem-estar animal, com suporte de um médico-veterinário credenciado.
Mobilização e contexto nacional
A operação mobilizou 96 agentes no Estado, sendo 22 integrantes do GAECO e 74 policiais militares, entre equipes ambientais e táticas. A ação faz parte de uma ofensiva simultânea em 11 Estados brasileiros, envolvendo instituições de meio ambiente e de segurança pública federais e estaduais.
O Projeto Libertas, iniciativa da ABRAMPA com apoio da WWF-Brasil e da Freeland Brasil, atua para ampliar a capacidade de investigação e responsabilização de crimes contra a fauna. Instituído em 2022, já alcançou Ministérios Públicos em diferentes regiões do país.
Próximos passos
O material apreendido será encaminhado para análise pela Polícia Científica. A investigação segue em sigilo e novas informações serão divulgadas conforme o andamento do processo.










