O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que declara Pixinguinha e Lupicínio Rodrigues como patronos da Música Popular Brasileira (MPB). A norma foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (12).
O título de patrono é concedido a brasileiros mortos há pelo menos dez anos que tenham se destacado por contribuição excepcional ou dedicação especial à área homenageada.
Lupicínio Rodrigues
Nascido em Porto Alegre, em 16 de setembro de 1914, Lupicínio Rodrigues é considerado o criador do estilo “dor-de-cotovelo”, marcado por canções que retratam desilusões amorosas com profundidade poética. Entre suas obras mais conhecidas estão Felicidade e Nervos de Aço.
Aos 14 anos, compôs sua primeira música, Carnaval. Em 1953, escreveu o hino do Grêmio, clube de seu coração. Lupicínio permaneceu ligado ao Rio Grande do Sul durante toda a vida, realizando viagens apenas a trabalho ou a passeio. Seu primeiro grande sucesso foi Se acaso você chegasse. Ao longo de sua carreira, deixou um legado de cerca de 150 canções, falecendo aos 59 anos devido a problemas cardíacos.
Pixinguinha
Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha, nasceu no Rio de Janeiro em 4 de maio de 1897 e é considerado um dos maiores compositores brasileiros e precursores do chorinho. Saxofonista, flautista e maestro, Pixinguinha consolidou o choro e influenciou profundamente a formação da música popular brasileira moderna.
Entre suas obras mais famosas estão Carinhoso, Rosa e Lamentos. Apelidado de Pixinguinha pela avó, iniciou sua trajetória musical sob a orientação do pai e integrou ainda jovem o grupo Os Oito Batutas, levando o choro a palcos nacionais e internacionais. Trabalhou como arranjador na RCA Victor e compôs trilhas para cinema, mantendo viva sua influência até sua morte em 17 de fevereiro de 1974.
O Dia Nacional do Choro, celebrado em 23 de abril, já homenageia seu legado e reforça a importância de Pixinguinha na história da música brasileira.