Araranguá está sendo transformada diariamente, não apenas pelas obras, mas também pelas oportunidades que mudam vidas. Um exemplo disso é o Projeto Recomeçar, iniciativa que integra a Administração Municipal, o Presídio Regional, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a SEJURI (Secretaria de Justiça e Reintegração Social).
O projeto oferece aos reeducandos a chance de contribuir com a cidade enquanto cumprem medidas socioeducativas. Atualmente, 17 participantes realizam serviços como jardinagem, capinação, poda de árvores, corte de grama, limpeza de ruas, bueiros e praças, pintura de meio-fio e até serviços de mudança.
Além do trabalho, os reeducandos recebem remuneração mensal equivalente a um salário mínimo, distribuída da seguinte forma: 25% para melhorias nas unidades prisionais, 25% em poupança para uso após o cumprimento da pena e 50% direto para suas famílias. Conforme a Lei de Execução Penal, a cada três dias trabalhados, um dia é reduzido da pena.
Uma nova etapa do projeto foi recentemente implementada: dez reeducandos passaram a utilizar tornozeleira eletrônica, permitindo que retornem diretamente para suas casas após o expediente. Cumprindo regras rigorosas, eles se apresentam diariamente na Prefeitura, registram ponto, trabalham e voltam para suas famílias à noite e nos fins de semana. Nos últimos três meses, não houve registros de atrasos ou faltas.
As atividades são coordenadas pelo secretário de Obras, Odilon Pietsch, com apoio do servidor Adércio Velter, policial penal, e três supervisores. Segundo a administração, o Projeto Recomeçar demonstra que, com oportunidade e responsabilidade, é possível mudar histórias e construir um futuro melhor para todos.