Candidato a prefeito em 2020 pelo MDB de Praia Grande, o ex-presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Adelírio Monteiro, diz estar atendo as especulações que dão conta da possível composição de uma chapa única no município, para disputar o Executivo Municipal.Conforme ele, o MDB está aberto as tratativas neste sentido, mas com uma condição: o partido deve ser o cabeça de chapa. Conforme Adelírio, este posicionamento se deu depois de uma reunião da cúpula do MDB, ainda que não haja proposta formal de qualquer legenda com este propósito.
Por óbvio que este não é o desejo do prefeito Elisandro Pereira Machado, o Fanica (PP), que até admite conversações para uma dobradinha majoritária entre seu partido e o MDB, mas desde que o Progressistas seja o cabeça de chapa, objetivando o apoio ao seu projeto de reeleição. Estaria aí o segundo impasse para esta possível unidade entre as duas principais legendas do município. Mas há ainda uma terceira, que responde pelo nome do ex-prefeito Henrique Maciel. Filiado ao Republicanos, do ex-governador Carlos Moisés da Silva, Henrique já se colocou no mercado eleitoral como pré-candidato a prefeito de Praia Grande, ressaltando que não aceita a composição de uma chapa única.
Paralelo a estas pretensões, há um rosário de outros partidos no município de olho nas eleições deste ano. O bloco de legendas de esquerda, composto por PT, PCdoB, PDT e PSB tem duas opções: bancar candidatura própria a prefeito, ou compor com uma legenda de maior expressão, para tentar chegar ao comando da prefeitura. Este bloco irá observar principalmente o movimento que fará o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, justamente para seguir o caminho inverso. Atualmente o PL está mais próximo do prefeito Fanica Machado, o que coloca os partidos de esquerda mais próximos do MDB e do Republicanos. Mas nada impede que o próprio Fanica venha a ter alguém da esquerda concorrendo como seu candidato a vice, o que empurraria o PL em outra direção.
Em Praia Grande também necessário ficar bastante atento ao movimento que poderá fazer o vereador Elizeu Pereira Espíndola, o Colonão (MDB), cotado para assumir o comando do PL no município. Histórico líder emedebista, caso ele se filie ao PL durante a janela de transferência partidária, que vai até o próximo dia 5 de abril, isto seria um indicativo de que o partido será o candidato a vice de Fanica Machado, com a esquerda se aproximando ou do MDB, ou do Republicanos, com maiores chances da convergência sem em direção a primeira legenda.
Finais
- A falta de produtividade na conversa mantida entre o governador Jorginho Mello (PL), e o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, não deu muitas esperanças ao deputado federal Ricardo Guidi (PSD), de que ele poderá se filiar ao PL para disputar a Prefeitura Municipal de Criciúma, sem risco de perda de mandato por infidelidade partidária. Diante da insegurança posta pela eventual troca de partido, Guido já admite a possibilidade de disputar a indicação de candidato a prefeito da prefeitura criciumense pelo PSD, mesmo sabendo que o partido está francamente vocacionado a apoiar a candidatura do vereador Arleu da Silveira (PSD), afilhado político do prefeito Clésio Salvaro (PSD). Guidi que a definição por pesquisa, pois sabe que está melhor. Arleu vai querer prévias, pois sabe que elas lhes são favoráveis. Trata-se de uma batalha cujo desfecho anda é imprevisível.
- PSDB de Balneário Gaivota formalizou pedido de cassação do mandato do vereador Fernando Gonçalves Batista, o Fernando do Tide, recém filiado ao PSD. De acordo com o PSDB, o vereador violou o decoro parlamentar, se utilizou de linguagem ofensiva para se referir a Administração Municipal e ao prefeito Kekinha dos Santos (PSDB), dentre outras afrontas ao correto exercício do poder legislativo. Em resposta as acusações, Fernando diz que ao longo de seu mandato tem apenas usado do livre direito de opinião parlamentar, o que seria uma prerrogativa constitucional. De acordo com o vereador, suas posições convergem com a maioria do pensamento da população gaivotense. Em princípio, é provável que o PSDB consiga os seis votos necessários para cassar Fernando no plenário da Câmara, que deverá buscar na justiça comum manter seu mandato.