Deputada federal Carol de Toni se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua casa, no Rio de Janeiro, para lhe comunicar que irá disputar o Senado Federal ano que vem, mesmo que para isto precise deixar o PL. A parlamentar reiterou seu apresso pelo ex-presidente, mas disse que não pode abrir mão de sua candidatura à Câmara Alta.
Bolsonaro confirmou a realização de um acordo entre ele e Jorginho Mello (PL), realizado ainda no ano passado, dando conta que os candidatos do PL ao Senado Federal por Santa Catarina seriam o vereador carioca Carlos Bolsonaro e a própria deputada; com Carlos sendo indicado pelo ex-presidente, e Carol pelo governador. De lá para cá, no entanto, Jorginho mudou sua estratégia, e passou a defender a candidatura do senador Esperidião Amin (PP), na vaga que caberia a Carol de Toni.
Independentemente disto, as pesquisas de opinião pública têm mostrado ampla vantagem de Carol, em relação a Amin, na disputa por uma cadeira ao Senado. Justamente por conta disto a parlamentar não se vê disposta a abrir mão da possibilidade de ser candidata a senadora.
É muito provável que a deputada saia do PL tão logo seja aberta a janela de transferência partidária, em março do ano que vem, buscando abrigo no Novo, legenda que já lhe estendeu convite para filiação. O fato é que ela deixou de confiar no comando do PL catarinense, já que Jorginho Mello, que é o presidente estadual da legenda, havia lhe garantido uma candidatura ao Senado, mas ato seguinte passou a excluí-la deste processo de composição. Se deixar de migrar de partido na janela de transferência partidária, Carol não poderá mais sair do PL para concorrer a qualquer cargo eletivo. Levando em conta que ninguém poderá garantir que ela conseguirá emplacar sua candidatura ao Senado por sua atual legenda, o mais prudente é que a deputada busque abrigo em outro partido. Este assunto foi tratado abertamente entre Carol de Toni e o Bolsonaro, que endossou a decisão da parlamentar.
Em relação a Esperidião Amin, a questão de sua candidatura à reeleição com o apoio de Jorginho Mello parece estar equacionada. O problema é que as pesquisas de intenção de votos que têm sido divulgadas não apontam sua eleição, e sim a de Carol e Carlos Bolsonaro. Em um primeiro momento, Amin parece ter conseguido seu intento de disputar o Senado pela aliança que será comandada por Jorginho Mello, todavia, isto pode significar também o fim a carreira política do senador, que está prestes a compeltar 78 anos. Por conta disto, uma candidatura à Câmara Federal parece ser um projeto bem mais promissor.
A conversa entre a deputada e o ex-presidente também versou sobre a disputa presidencial. Em princípio, ele revelou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deverá disputar a reeleição, abrindo mão de concorrer ao Palácio do Planalto. Em um cenário como este, o candidato da direita para enfrentar o presidente Lula da Silva (PT) deverá ser o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Em relação aos seus familiares, Bolsonaro ressaltou que o foco será a disputa pelo Senado Federal, com exceção do vereador de Balneário Camboriú, Renan Bolsonaro (PL), que deverá disputar a Câmara Federal.
Finais
Presidente Lula da Silva (PT) irá eliminar a obrigatoriedade de frequentar autoescolas para obter a CNH. De acordo com ele, a mudança visa reduzir custos para aqueles que precisam tirar a Carteira Nacional de Habilitação. Uma série de mudanças serão realizadas para viabilizar o projeto, o que inclui a habilitação de instrutores independentes, que irão substituir os serviços que são prestados atualmente pelos Centros de Formação de Condutores. De acordo com Lula, uma carteira de habilitação custa em média R$ 3.200,00. O Governo Federal estima que este custo cairá para R$ 740,00. No que diz respeito ao trânsito, ele que se cuide. Se com 65 horas de aulas teóricas e práticas, ministradas pelos CFCs, o Brasil já é recordista mundial de vítimas em acidentes de trânsito, imagine a partir de agora.
Deputado federal Eduardo Bolsonaro, que há seis meses está morando nos Estados Unidos, tem ameaçado deixar o PL para se filiar a outra sigla de direita, objetivando disputar a Presidência da República ano que vem. Seu destino poderá ser o PRTB, legenda que abrigava a filiação do ex-vice-presidente Hamilton Mourão, que hoje é senador pelo Republicanos do Rio Grande do Sul. Eduardo tem reclamado da falta de apoio do PL a sua causa nos Estados Unidos, o que incluiria a diminuição dos recursos repassados a ele para defender sua causa em solo americano. Em relação a disputa pela Presidência da República, o parlamentar tem dito que não vê espaço no PL para sua pretensão, e que a filiação a outro partido para disputar o Palácio do Planalto será algo natural, caso o projeto não possa ser construído pelo ninho liberal. O mais interessante desta história é nem mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é pai de Eduardo, aposta suas fichas nele, já dando como certa sua disputa pelo Senado.