O falecimento do ex-governador catarinense Colombo Salles, nesta semana, nos faz refletir sobre necessidade de termos governos desenvolvimentistas, para alavancar a economia catarinense, e consequentemente conquistarmos estabilidade social para nossa população. Colombo Salles governou Santa Catarina no início da década de 1970, mas mesmo naqueles idos, tinha uma visão totalmente voltada para o futuro. É muito provável que o fato de ter sido engenheiro civil por profissão o tenha influenciado a pensar que obras estruturantes são o motor do desenvolvimento de qualquer sociedade.
Prova maior desta sua linha de raciocínio foi o fato dele próprio ter investido maciçamente em obras viárias durante sua gestão, utilizando da velha máxima do ex-presidente Washington Luiz, de que governar é abrir estradas.
Passados cinquenta anos de seu mandato, sua premissa desenvolvimentista continua atual, mas ainda é muito relegada pelas gestões estaduais. Santa Catarina possui gargalos gigantescos no setor viário, que se resolvidos possibilitarão ao Estado dar um salto em qualidade de vida sem precedentes.
Aqui mesmo em nossa região estes gargalos são observados cotidianamente. Há mais de trinta anos, por exemplo, clamamos pela pavimentação asfáltica da rodovia Interpraias, atualmente chamada de Caminhos do Mar. Trata-se de uma obra que traria um desenvolvimento descomunal aos nossos balneários, movimentando nossa economia em uma escala jamais vista. Todas as movimentações em relação a Caminhos do Mar, no entanto, não possuem uma continuidade. O projeto avança e retrocede continuamente, sem uma luz no fim do túnel que nos dê segurança quanto a sua finalização. Isto nada mais é do que falta de planejamento governamental. E falta de planejamento em um setor estratégico como é o setor viário.
Em nossa região há uma dezena de outros exemplos que poderiam ser citados, e no Estado é provável que esta escala chegue às centenas. A absoluta maioria dos projetos, no entanto, estão parados, como é o caso da Caminhos do Mar. Quiçá o exemplo deixado por Colombo Salles suscite em nossos governantes o desejo de um Estado, de regiões e de municípios vocacionados ao desenvolvimento estruturante, afinal de contas, quanto mais estrutura viária uma sociedade tem a sua disposição, maiores são as probabilidades de que ela cresça economicamente.
Finais
- Dobradinha entre o ex-vice-prefeito de Turvo, Edson Dagostin, o Pisca (MDB), e o ex-prefeito do município, Heriberto Schimidt (MDB), poderá ser reeditada no ano que vem, mas não necessariamente nesta ordem. Pisca e Heriberto disputaram o executivo turvense em 2020, mas a dupla acabou sendo derrotada pela chapa encabeçada pelo prefeito eleito Sandro Cirimbelli (PP), que teve como candidato a vice Osvaldo Fávaro (PP). A eleição turverse ainda contou com a candidatura a prefeito de Laerte Casagrande (PSDB), e de Arnildo Sterkert Júnior (PSDB), que concorreu como seu vice, com a dupla ficando na terceira colocação. Para 2024 são reais as chances de que Heriberto seja o candidato emedebista a prefeitura, com Pisca concorrendo como seu vice.
- MDB de Jacinto Machado caminha a passos largos para oficializar a pré-candidatura do empresário Sander Just ao executivo municipal. A cúpula do partido está convencida de que Sander é o melhor nome para enfrentar as urnas ano que vem, defendendo o duplo mandato do prefeito Gaiola Mezzari (MDB). Na oposição, o Progressistas tem tido dificuldades em encontrar um nome consensual para disputar o executivo. Neste vácuo, algumas lideranças do partido ventilam a possibilidade de voltar a apoiar o ex-prefeito Antônio de Fáveri, que é filiado ao Partido dos Trabalhadores, a exemplo do que já fez em duas ocasiões. O apoio a Antônio, no entanto, não é consenso entre a cúpula progressista, justamente por conta dele ser filiado ao PT.