O Sul de Santa Catarina terá um inchaço de candidatos a deputado federal no ano que vem. Em princípio, já estão confirmados como candidatos à reeleição os deputados Daniel Freitas e Ricardo Guidi, do PL, assim como a deputada Geovânia de Sá, do PSDB. A deputada Júlia Zanatta tentará emplacar como candidata ao Senado Federal. Caso consiga, seu marido, Guilherme Colombo (PL), disputará à Câmara dos Deputados em seu lugar. Só aí já são quatro candidaturas confirmadas.
O presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), também já anunciou sua intenção de concorrer ao cargo de deputado federal, mesmo caminho que deverá trilhar o igualmente deputado estadual José Milton Scheffer (PP).
No MDB, o ex-deputado federal Edinho Bez anunciou sua pré-candidatura à Câmara Federal durante evento político em São Ludgero, no final do mês passado. Por enquanto, ele é o único nome do partido a se manifestar publicamente a respeito desta intenção. O deputado federal em exercício, Luiz Fernando Vampiro, do mesmo MDB de Edinho, que num primeiro momento deixou a entender que tentaria novamente uma cadeira no parlamento nacional, já vem admitindo a possibilidade de concorrer à Assembleia Legislativa ano que vem. De todo modo, até aí, já se somam sete candidaturas.
Em relação a deputada Geovânia de Sá, caso ela deixe o PSDB para disputar à reeleição por outra sigla, muito provavelmente o comando estadual tucano irá lançar outro nome do partido ao cargo de deputado federal. Isto porque o PSDB vem ensaiando o lançamento de candidatura ao Governo do Estado, o que fará com que o partido se sinta na obrigação de lançar a maior quantidade possível de candidatos a deputado federal e estadual em 2026. Trata-se da mesma lógica que acomete o PT, que lançará pelo menos dois candidatos a deputado estadual e um a federal no Sul do Estado, para dar sustentação ao projeto nacional de reeleição do presidente Lula da Silva. A candidatura à Câmara Federal provavelmente será da microempresária Bia Vargas, do PT de Içara, que em 2022 concorreu como candidata a vice-governadora, então filiada ao PSB, na chapa encabeçada por Décio Lima (PT). As contas ainda não terminaram e já temos nove candidatos a deputado federal pelo Sul do Estado.
A décima candidatura virá de forma natural do PCdoB de Criciúma. A atual vereadora Giovana Mondardo, que em 2022 disputou a Câmara Federal e emplacou quase 40 mil votos, deverá ser novamente candidata, muito provavelmente ampliando sua votação no Sul do Estado, já que provou que tem potencial eleitoral para um pleito estadualizado.
Finais
Uma das vantagens de 2026 é que muito provavelmente Santa Catarina passará a ter 20 deputados estaduais, ao invés dos 16 atuais. Com base no Censo Demográfico de 2022, o Supremo Tribunal Federal já determinou que a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados faça a redistribuição de suas cadeiras legislativas, respeitando a proporcionalidade dos Estados. O prazo para que esta nova configuração, no número de deputados por Estado seja anunciada, se encerra no dia 30 de junho deste ano. Diante disto, a realidade nos sugere que o Sul catarinense elegerá pelo menos três deputados federais, sem maiores problemas. A esperança sugere a eleição de quatro. Já o sonho, abre a possibilidade para a eleição de cinco.
Ex-prefeito de Maracajá, Arlindo Rocha, o popular Lale, que disputou a Prefeitura Municipal de Criciúma no ano passado, pelo PT, não está fazendo nenhuma questão de esconder que será candidato a deputado estadual ano que vem. Por ser oriundo de Maracajá, ele vislumbra a possibilidade do PT da região da Amesc não lançar candidato a deputado estadual, convergindo para sua candidatura, que uniria a base petista tanto do Extremo Sul Catarinense como também da região carbonífera. A intenção pode obter êxito, pois o Coordenador Regional do PT da Amesc, Ozair Banha da Silva, anunciou que não disputará nenhum cargo eletivo ano que vem. Em princípio, há um vácuo no PT de nossa região, que poderá ser preenchido pelo conterrâneo maracajaense.