Prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), não tem feito nenhuma questão de esconder sua estratégia diante das eleições estaduais do ano que vem. Sabedor que o MDB e o Republicanos já estão fechados com o governador Jorginho Mello, o pré-candidato do PSD ao Governo do Estado está apostando suas fichas no Novo e na federação União Progressista, composta pelo União Brasil e pelo Progressistas.
Em relação ao Novo, as coisas estão bem encaminhadas para o prefeito de Chapecó. Em que pese a excelente relação que o prefeito de Joinville, Adriano Silva, que é filiado ao Novo, tem com Jorginho Mello (PL), o fato é que não há mais espaço na aliança política do governador para a cessão de espaço majoritário, como deseja a legenda. Já com o PSD, o Novo tem a garantia, no mínimo, de ocupar uma vaga ao Senado.
A outra aposta de João Rodrigues é bem mais complicada de ser viabilizada. Trazer a federação União Progressista para a sua aliança política é uma equação cheia de pormenores. Neste momento a federação está dividida entre os que querem coligar com João Rodrigues e os que querem coligar com Jorginho Mello. Majoritariamente, o grupo pró-João Rodrigues é composto por líderes do União Brasil. Já o grupo pró-Jorginho Mello é composto por líderes do Progressistas, mas, neste grupo, há muitos dissidentes que não concordam com esta tese. De todo modo, os líderes do Progressistas deram carta branca para que Esperidião Amim (PP) buscasse viabilizar seu projeto de reeleição, e, neste sentido, as maiores oportunidades estão junto ao governador.
O fator Carlos Bolsonaro, no entanto, poderá fazer Amim desistir de ser candidato ao Senado, liberando a federação construir o caminho que melhor lhe convier. Se isto acontecer haverá uma tendência maior de coligação com João Rodrigues.
Finais
Governador Jorginho Mello (PL) disse que não tem nenhuma objeção ao convite que o MDB fez para que a secretária de Estado da Educação, Luciane Ceretta, seja candidata a deputada federal pelo partido ano que vem. De acordo com o governador, se for um desejo da secretária, ela poderá se desincompatibilizar de suas funções em março do ano que vem para viabilizar o projeto. Jorginho, no entanto, disse acreditar que este não é o momento para se tratar de assuntos político-partidários dentro de seu colegiado. Há alguns dias a cúpula do MDB do Sul do Estado convidou Luciane Ceretta para se filiar ao partido e concorrer à Câmara dos Deputados. Na ocasião, ela disse que qualquer decisão neste sentido precisaria passar antes pelo crivo do governador.
Deputado estadual Matheus Cadorin, do Novo, diz acreditar que seu partido só lançará uma candidatura ao Senado Federal ano que vem. De acordo com ele, por enquanto, o candidato escalado para a disputa é o deputado federal Gilson Marques. Cadorin afirma, no entanto, que caso a deputada federal Carol de Toni de fato saia do PL e se filie ao Novo para disputar o Senado, Gilson Marques desistirá do projeto e tentará a reeleição. De acordo com Matheus Cardorin o Novo não tem estrutura para lançar dois candidatos a senador em Santa Catarina. Ele também ressaltou que convém a direita catarinense não lançar múltiplas candidaturas ao Senado, pois o fracionamento dos votos do eleitor deste espectro político poderá acabar dando margem para a eleição de Décio Lima (PT).











