Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, confirmou que será candidato a deputado estadual ano que vem. Na eleição de 2018 ele já disputou a Assembleia Legislativa, à época filiado ao PSD, ocasião em que ficou na terceira suplência de sua coligação, que também contava com o Progressistas e o PSC.
Dois anos depois Ulisses deixou o PSD, e, desde então, permanece sem partido. Sua intenção é a de se filiar ao PL do governador Jorginho Mello, para tentar conquistar uma cadeira no parlamento estadual em 2026.
A candidatura do delegado pelo PL não será construída de forma natural. Desde já ele vem enfrentando resistências, especialmente por parte da deputada federal Júlia Zanatta e do deputado estadual Jessé Lopes, ambos de Criciúma, cidade vizinha a Orleans, onde está a base eleitoral do delegado. O fato é que o marido de Júlia, o advogado Guilherme Colombo (PL), também será candidato à Assembleia Legislativa, já Jessé Lopes tentará conquistar seu terceiro mandato consecutivo. Em 2018, o delegado Ulisses Gabriel emplacou quase 30 mil votos em seu primeiro projeto eleitoral, filiado ao PSD de Júlio Garcia, que, como se sabe, teve a simpatia majoritária das bases de seu partido no Sul do Estado durante a campanha daquele ano, como também de 2022. Por conta disto, é possível supor que Ulisses Gabriel romperá facilmente a casa dos 40 mil votos pelo PL, o que poderia, hipoteticamente, comprometer os projetos de Jessé Lopes e Guilherme Colombo.
O fato é que esta situação interposta por, em princípio, Júlia e Jessé pode ser até mesmo prejudicial para eles dois, levando em conta que a deputada está defendendo os interesses de seu marido. Caso não sinta receptividade no PL, Ulisses Gabriel pode simplesmente se filiar ao Republicanos disputando a Assembleia Legislativa pelo principal partido aliado do governador Jorginho Mello. Com isto, tiraria naturalmente votos da base eleitoral do PL, prejudicando o partido no que diz respeito a composição de sua legenda. Este ‘roubo’ de votos do PL poderia até mesmo tirar a eleição de um deputado estadual do PL, que tanto pode ser Jessé Lopes quanto o próprio Guilherme Colombo.
Finais
- Pesquisa realizada pela empresa More in Common, em parceria com o Instituto Quaest, fez um levantamento minucioso a respeito do perfil ideológico dos brasileiros, aplicando um filtro que dividiu a população em seis segmentos distintos no que diz respeito a sua preferência política. De acordo com os dados coletados, 5% dos eleitores brasileiros se dizem fortemente identificados com a esquerda, e outros 14% se dizem relativamente identificados com a esquerda. Do outro lado da moeda, 6% se dizem fortemente identificados com a direita, e outros 21% se dizem relativamente identificados com a direita. Se formos separar os dois grupos, 19% dos brasileiros são de esquerda e 27% são de direita.
- A soma dos dois grupos equivale a 46%, restando, portanto, outros 54% que não se disseram nem simpatizantes da esquerda, nem simpatizantes da direita. No entanto, nas entrelinhas do questionário, que foi aplicado com mais de 10 mil pessoas, foi possível identificar quais são os princípios cotidianos mais assimilados por este contingente de eleitores. Com base nisto, se concluiu que estes 54% estão divididos em dois grupos igualitários de 27% cada um. Os primeiros 27% mais identificados com os ideais da esquerda e os outros 27% mais identificados com os ideais da direita, ainda que nenhum destes grupos admita abertamente ser de direita ou de esquerda. No entanto, suas convicções convergem mais para um grupo, ou mais para outro, dependendo das respostas dadas no questionário aplicado.











