Já são 62 os mortos no naufrágio de um barco com imigrantes perto da costa da Itália, ocorrido neste domingo (26). As vítimas estão sendo resgatadas por uma equipe italiana e dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas.
A embarcação teria se quebrado após se chocar contra um recife perto da costa da Calábria. Mais de 100 pessoas estavam a bordo e havia apenas alguns coletes salva-vidas espalhados entre os escombros.
Equipes da ONU e dos Médicos Sem Fronteiras disseram que muitas das vítimas eram afegãs, incluindo membros de famílias numerosas, além de paquistaneses e iraquianos.
Um bombeiro relatou a cena do resgate na praia de Steccato di Cutro, na costa jônica da Calábria. Segundo ele, havia muitas crianças mortas e cheias de arranhões na areia.
Os afegãos foram a segunda maior nacionalidade a buscar asilo na União Europeia no ano passado e têm fugido cada vez mais dos problemas crescentes de segurança, humanitários e econômicos que se seguiram à tomada do poder pelo Talibã em agosto de 2021.
O ministro do Interior, Matteo Piantedosi, que liderou a repressão da Itália à migração, visitou o local no domingo e se reuniu com autoridades locais em Crotone. Em entrevista coletiva, ele insistiu que a solução era acabar com a travessia de migrantes em sua origem.
O governo da Itália, sob o comando da primeira-ministra Giorgia Meloni, tem se concentrado em tentar impedir a partida de barcos de migrantes, ao mesmo tempo em que desencoraja equipes de resgate humanitário a operar no Mediterrâneo central, onde operam contrabandistas baseados na Líbia.
Meloni disse no domingo que o governo está comprometido com essa política “sobretudo insistindo na máxima colaboração com os países de origem e de partida”.
O canal de TV “Sky TG24” da Itália disse que pelo menos três pessoas foram detidas por suspeita de terem ajudado a organizar a viagem a partir de Izmir, na Turquia.
*Com informações do G1