Investigadores do Departamento de Investigação Criminal (Deic) de São Paulo prenderam, na noite de quinta-feira (3), um homem suspeito de ter participado do ataque hacker que atingiu o sistema de pagamentos do Banco Central, por meio do PIX. O caso foi divulgado na manhã desta sexta-feira (4), e o prejuízo estimado pode chegar a R$ 1 bilhão, embora os números oficiais ainda não tenham sido confirmados.
Segundo informações da TV Globo e da GloboNews, com imagens fornecidas pela própria polícia, o preso seria um técnico em tecnologia da informação da empresa C&M Software, responsável por intermediar transações via PIX entre fintechs e o Banco Central.
A Polícia Federal informou que não realizou a prisão e que a investigação corre sob sigilo.
As investigações apontam que o técnico teria sido aliciado por um grupo hacker para entregar uma senha de acesso aos sistemas da empresa. O primeiro contato teria ocorrido quando ele saía de um bar, próximo à sua casa, sendo abordado por um homem que sabia de sua atuação no setor com acesso ao sistema de pagamentos da C&M. O técnico relatou ter recebido R$ 5 mil pela senha.
Ainda de acordo com as investigações, o suspeito teria sido procurado novamente, desta vez pelo WhatsApp, quando recebeu o pedido para criar um login e senha que permitiriam o acesso à estrutura de pagamentos via PIX da empresa.
Nos últimos dias, a C&M Software comunicou às autoridades que houve acesso indevido ao sistema com o uso de credenciais legítimas. Esse acesso afetou as contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras, cujos nomes não foram revelados.
As chamadas contas de reserva são mantidas por bancos e instituições financeiras junto ao Banco Central para processar operações e garantir liquidez ao sistema financeiro. Até o momento, não há indícios de que correntistas tenham sido diretamente afetados pela invasão.