Cadastrado no Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) há aproximadamente sete anos, o funcionário público municipal Evandro Santana, 40 anos, está pronto para fazer a sua primeira doação de medula óssea. Morador de Balneário Morro dos Conventos, em Araranguá, ele foi 100% compatível com o paciente que vai receber a doação, algo raro de ocorrer entre pessoas que não são parentes.
A estimativa é de que a chance de se encontrar um doador compatível é de 1 em 100 de doadores aparentados e 1 em 100 mil entre não aparentados. Por isso é necessária uma grande quantidade de voluntários, e com isso aumentar a possibilidade de encontrar um doador compatível.
A coleta das células de Evandro ocorre em Brasília-DF, em uma etapa que vai durar oito dias, incluindo nesta contagem a viagem que iniciou no sábado, dia 28. Ele já havia feito os testes, na capital federal, que indicaram ser compatível. Após diversas injeções para estimular a produção de células-tronco e cumprir todos os procedimentos necessários para a doação da medula, o voluntário relata a emoção de salvar a vida de uma pessoa, que não conhece. “Eu faria tudo de novo se precisasse. Nunca havia viajado de avião, então tive este desafio extra, inclusive agradeço a minha esposa Luana (também doadora de sangue), que me fez (e fará) companhia. Vale muito a pena poder contribuir para salvar uma vida! É uma emoção muito grande, só fazendo mesmo para sentir”.
O funcionário público é doador de sangue há dez anos, e se cadastrou no Redome durante uma campanha do Hemosc Regional de Criciúma. “Tive esta atitude voluntária. Sete anos se passaram e há dois meses me enviaram um e-mail dizendo que eu podia ser compatível com alguém que precisava. Fui ao Hemosc saber a veracidade da informação e ali já coletaram sangue para nova análise quanto a compatibilidade. Fui 100% compatível e aceitei doar”, explica Evandro.
