Eu não sei você, mas eu detesto fofoca ou aquele tal do “diz que disse”. Tem gente que sabe mais da vida dos outros do que da própria. Tem gente que se importa demais com o que falam a seu respeito. Eu, sinceramente, não perco tempo com futilidades. Tempo é algo muito precioso.
Henry Thomas Buckle já disse: “Mentes grandes discutem ideias; mentes medianas discutem eventos e mentes pequenas discutem pessoas.” Sempre quis me enquadrar na primeira categoria, e você?
A pessoa emocionalmente inteligente não perde tempo falando sobre o outro de forma negativa. Se for para comentar a respeito de alguém, que seja no intuito de ajudar, de estender a mão. Mas, afinal, quem somos nós para julgar? Quem realmente possui a fórmula mágica de se tornar “melhor”?

Entrevista com o querido ator Ricardo Macchi (1996) logo depois da sua participação na novela global “Explode Coração” onde atuou como o cigano Igor.
Por muito tempo, eu acreditava que ser a melhor em tudo o que fazia me tornaria uma pessoa melhor. Até descobrir que a verdadeira forma de evoluir é desenvolver o próprio potencial e seguir em busca de autodesenvolvimento, transformando-me sempre na minha melhor versão.
Quando eu tinha 17 anos, trabalhei em uma companhia de calçados em Sombrio/SC. Ali, por todos os lados, eu encontrava o que chamava de “ninhos de cobras”. Em cada porta de departamento que se abria, havia alguém falando mal de outro colega. Aquilo me parecia sufocante.
Com o tempo, percebi que aquele ambiente nunca foi saudável e cresci determinada a não reproduzir o mesmo padrão. No entanto, aqui nos EUA, percebi que a situação também não era muito diferente. Trabalhando em determinado local, na época em que estava no Burger King Corporation, cheguei a dirigir uma hora inteira até o trabalho com lágrimas rolando pelo rosto.
Eu detestava o “ninho de cobras” que me cercava diariamente. Mas, com cinco filhos pequenos e a necessidade de ajudar meu marido nas finanças, precisei suportar por um tempo, até conseguir uma transferência que me trouxe novas oportunidades.
Ambientes assim nos desgastam, drenam nossa energia e podem nos transformar em pessoas amargas e derrotadas. No trabalho ou até mesmo na família, quando esperamos mais amor e respeito, não deveria ser diferente. E, no entanto, muitas vezes é.
Pessoas que vivem discutindo outras pessoas são, em geral, aquelas que chamamos de tóxicas. E a verdade é que elas afetam tanto nossa saúde mental quanto física.
Por isso, cabe a nós colocar limites. Quer superar o estresse e a ansiedade? Então, diga não a esse tipo de toxina. Foi o que eu fiz. No meu trabalho, decidi desenvolver uma cultura mais positiva, onde a alegria e a hospitalidade ocupassem o espaço antes tomado pela hostilidade. Rumores e murmúrios não têm vez. Sempre que surge uma fagulha de conflito, ela é atendida de imediato para não se alastrar.
A questão é simples: não dê espaço para palavras negativas. Elimine mal-entendidos antes que cresçam. Não dê ouvidos a falsas acusações. Pergunte-se: que benefício isso traz para mim ou para a empresa? O tempo é precioso demais para ser desperdiçado em frustrações alheias.
Hoje compreendo que não temos controle sobre o que falam a nosso respeito, mas temos total controle sobre o que escolhemos carregar dentro de nós. Cabe a cada um decidir se vai se deixar consumir pelo peso da fofoca ou se vai trilhar um caminho mais leve, voltado para o crescimento e para a paz interior.
Eu escolhi ser fiel aos meus valores, alimentar a mente com ideias e o coração com esperança. Porque viver bem é, acima de tudo, aprender a silenciar o que não edifica e dar voz apenas ao que constrói.