No dia 20, feriado em Gaivota e Sombrio, programação da festa inicia às 5 horas, com missa. Às 10 horas, celebração principal ocorrerá com a presença do bispo Dom Jacinto Inácio Flach
Balneário Gaivota
Sombrio
A festa, que teve início como pagamento de uma promessa contra a ‘peste’, não vai deixar de acontecer quando o mundo enfrenta outra ‘peste’, desta vez mundial provocada pelo coronavírus.
A primeira peste, em 1929, estava matando o gado dos criadores da região de Figueirinha, em Balneário Gaivota, e dois deles fizeram uma promessa a São Sebastião, o protetor dos desastres e pestes. No dia 20 de janeiro de 1929, embaixo de uma figueira, foi realizada a primeira novena em honra ao Santo. No ano seguinte, mais pessoas se juntaram a eles, e a cada ano os devotos aumentavam.
Noventa e três anos se passaram, e a Festa de São Sebastião, ou Festa da Figueirinha, como é conhecida, continua atraindo fieis de toda a região e mesmo do Estado e fora dele. A maioria faz todo o trajeto ou pelo menos parte dele a pé. A comunidade fica distante cerca de 6 quilômetros tanto do centro da Gaivota quanto de Sombrio.
O pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora de Balneário Gaivota, Geovane de Souza, defende que este é um momento de fortalecer a fé, mantendo todos os cuidados de prevenção a Covid.
A programação da festa, que é dedicada também a Nossa Senhora Aparecida, começa nesta quarta-feira dia 19, com a transladação das duas imagens saindo das casas dos festeiros Jonatã Coelho de Souza e Mateus de Souza Pereira, em procissão motorizada até a Figueirinha, e missa às 20h30min. Depois acontece a novena com a tradicional venda de roscas e galinhas assadas.
No dia 20, feriado municipal em Balneário Gaivota e em Sombrio, às 5 horas da manhã, tem o terço rezado pelos seminaristas e a Pastoral Vocacional, e às 6 horas a primeira missa, chamada missa dos romeiros. Duas horas depois, há mais uma celebração.
A celebração principal está marcada para as 10 horas, com a presença, pela primeira vez, do bispo da diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inácio Flach. O almoço após a missa poderá ser feito no salão comunitário, porém, com uma capacidade bastante reduzida. “As famílias podem levar cadeiras, uma mesinha, e almoçar sob às àrvores. Cada um apenas com seu grupo familiar, ou comprar o alimento e levar para casa”, orienta o padre.
Mesmo antes da pandemia, as missas já eram realizadas ao ar livre, pois a pequena capela não comporta os devotos. A área é grande e os participantes podem se espalhar, evitando aglomeração. “As pessoas terão que usar máscara e por todo o espaço é possível acompanhar a missa, sem se amontoar”, diz o padre.
A tarde, pouco depois do almoço, frei Rinaldo Stecanella comanda um show com muita música e oração.
Os festeiros de São Sebastião são Manoel Colares Martins, Jonatã Coelho dos Santos, Mateus de Souza Pereira e suas esposas. Os festeiros de Nossa Senhora Aparecida são José Jailson Munaretto, Amarildo de Souza Emerim, Benyo Tadeu Leandro e suas esposas.
As celebrações poderão ser acompanhadas pelas redes sociais da paróquia Nossa Senhora Auxiliadora e do Portal C1, Correio do Sul e rádio 93.3 FM.