O Caps, Centro de Atenção Psicossocial, de Sombrio possui uma equipe multiprofissional para atender pessoas com transtornos mentais e/ou dependentes de álcool e drogas. Os pacientes chegam ao serviço oferecido pela administração municipal através de demanda espontânea, ou encaminhamento de outro órgão.
O Caps dispõe de consultas com psiquiatras, acompanhamento psicológico, oficinas de artes e música, e outras atividades. Em média, são realizados entre 20 a 25 acolhimentos semanais.
De acordo com a coordenadora do Caps, psicóloga Juliana Mengue, durante o primeiro semestre deste ano, foram feitos 428 acolhimentos; 1.064 consultas psiquiátricas; visitas domiciliares foram 104. De janeiro a junho, houve ainda 33 solicitações de internação em hospitais psiquiátricos, e 15 foram efetivadas, com 16 desistências. No caso de dependentes químicos, outras internações são encaminhadas para comunidades terapêuticas. Também no primeiro semestre, chegaram ao Centro de Atenção Psicossocial 44 pessoas contando sobre idealização e planejamento de suicídio. Após uma tentativa de tirar a própria vida, chegaram 23 sombrienses, e 4 suicídios foram registrados. Outra preocupação é a automutilação, que afeta principalmente as adolescentes. O Caps fez 11 atendimentos neste sentido.
O Centro participa de várias campanhas de prevenção à saúde mental durante o ano, como o Janeiro Branco e o Setembro Amarelo. Este mês, juntou-se a campanha Agosto Lilás, contra a violência doméstica. “Acolhemos mulheres vítimas de todo tipo de violência, que não fica restrita a mulher. A violência se estende aos filhos, e desenvolve sequelas emocionais, vindo muitos deles a ser usuários dos nossos serviços”, disse a coordenadora do Caps Juliana Mengue, durante explanação na câmara de vereadores, na abertura do programa Sombrio por Elas, dentro do Agosto Lilás.