Alunos do curso de Direito da Unidade Central de Educação Faem (UCEFF) de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, denunciaram a presidente da comissão de formatura por desviar quase R$ 77 mil, valor destinado à organização da festa de formatura. O dinheiro foi, segundo os estudantes, usado pela responsável em apostas online, e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
A denúncia foi feita após a presidente da comissão confessar em um grupo de mensagens que havia perdido o montante ao se viciar em apostas online. Segundo ela, após perder o dinheiro que havia guardado, começou a utilizar os recursos da formatura para tentar recuperar o valor perdido.
O caso gerou grande repercussão entre os formandos, que se organizaram para formalizar a denúncia à Polícia Civil. A investigação segue duas linhas de apuração: apropriação indevida ou estelionato. As vítimas, testemunhas e a própria suspeita devem ser ouvidas nos próximos dias.
Os alunos relataram que, durante os três anos de curso, contribuíram mensalmente para garantir o valor necessário para a festa de formatura. A responsabilidade pela gestão do fundo ficou sob a guarda de Cláudia, que se ofereceu para assumir a tarefa de presidente da comissão.
De acordo com o boletim de ocorrência, o grupo pagou um adiantamento de R$ 2 mil à empresa responsável pela organização da festa. O restante, que somava R$ 76.992,00, deveria ser quitado até dezembro de 2024. No entanto, após diversas tentativas de contato com Cláudia e a falta de pagamento, a empresa em janeiro de 2025 emitiu um ultimato aos estudantes, informando que a comissão não tinha mais o valor para liquidar o contrato.
Os formandos disseram que, durante todo o processo, não houve qualquer indício de que algo estivesse errado. A suspeita sempre demonstrou empenho na organização da festa, o que fez com que os alunos não desconfiaram de nada até o momento em que o dinheiro foi perdido.
A Polícia Civil informou que está trabalhando para rastrear e, se possível, recuperar o montante desviado. A investigação continua em andamento, e as autoridades buscam esclarecer o caso e responsabilizar os envolvidos.
Enquanto a investigação segue, os formandos estão tentando reverter a situação e realizar a formatura, agora com recursos próprios. A turma iniciou uma vaquinha online e planeja realizar eventos para arrecadar o dinheiro necessário. A previsão é que a nova celebração aconteça em maio deste ano.
A empresa responsável pela festa e a UCEFF também foram procuradas, mas até o momento não se manifestaram sobre o caso.
A história destaca a fragilidade de um sonho construído por anos de dedicação acadêmica e como a confiança pode ser rompida em momentos cruciais. A Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer o caso e responsabilizar os envolvidos.
Poderiam ter eleito uma comissão de formatura com Presidente, Vice – Presidente, Tesoureiro e 2º Tesoureiro com um Estatuto onde a regra para movimentação dos recursos obrigasse a assinatura de ao menos 3 membros da diretoria e apresentação de relatórios. Não evita, mas dificulta desvios de dinheiro. Formandos de Direito deveriam ser menos ingênuos.