Tem dia que a gente come por prazer. Outros, por pressa. Tem dia que come por ansiedade. Mas nem sempre a gente come por cuidado. E talvez seja aí que tudo comece a mudar.
No dia 04 de agosto, a gente relembra que existe um jeito silencioso e poderoso de cuidar da saúde: com o que colocamos no prato. É o Dia da Campanha Educativa de Combate ao Câncer — um convite para pensar além dos tratamentos e exames. Um convite para olhar para a prevenção.
E quando a gente fala sobre isso, é impossível não lembrar do que Preta Gil viveu. Uma artista vibrante, com uma história forte — e que de repente se viu diante de um diagnóstico: câncer colorretal. A notícia surpreendeu muita gente. Afinal, ela era jovem, ativa, cheia de vida. E é justamente por isso que o alerta precisa ecoar.
O câncer colorretal é o segundo mais comum entre os brasileiros, e um dos que mais crescem silenciosamente. Muitas vezes sem sintomas no início, ele avança enquanto a rotina corre, enquanto o cuidado com a alimentação é deixado pra depois. Foi o que Preta trouxe à tona com coragem: a importância de olhar para o corpo, para os sinais, para os hábitos.
É claro que câncer é multifatorial. Genética, ambiente, estilo de vida… Mas se há uma chance — ainda que pequena — de proteger o corpo com escolhas conscientes, por que ignorar?
A ciência não deixa dúvidas: uma alimentação rica em fibras, frutas, vegetais, leguminosas e grãos integrais, pode ajudar a reduzir o risco do câncer colorretal. Esses alimentos favorecem o bom funcionamento intestinal, equilibram a microbiota e ajudam a eliminar substâncias potencialmente cancerígenas.
Do outro lado, o excesso de carnes processadas, embutidos, frituras, alimentos ultraprocessados e álcool está diretamente relacionado ao aumento desse risco.
Não se trata de terrorismo nutricional. Nem de transformar a comida em vilã. Trata-se de lembrar que cada refeição é uma oportunidade de se proteger. De se cuidar. De viver mais e melhor.
É escolher o alimento que nutre, que fortalece, que respeita o corpo.
É ensinar desde cedo que o prato colorido pode ser mais que bonito — pode ser preventivo.
E que a cozinha pode ser um lugar de amor, não de pressa.
No fundo, comer bem é um ato de coragem num mundo que vive correndo.
Mas é também um ato de amor — silencioso, diário e profundamente transformador.