Representando criadores de gado de várias comunidades de Sombrio e Balneário Gaivota, o agricultor Adriano Eufrásio ocupou a tribuna da Câmara de Vereadores de Sombrio, na última segunda-feira. Ele pediu ajuda para combater o furto e abate de animais nas propriedades. “O abigeato sempre foi um tormento, mas agora deixou de ser um ato isolado e acontece em grande quantidade na nossa Região”, disse.
Adriano citou diversas ocorrências, uma delas, registrada a aproximadamente 90 dias, em que levaram 17 animais de uma única senhora.
Alguns pecuaristas acompanharam a sessão, e um deles passou por uma tentativa de furto. O animal não foi levado, porém, ficou com duas cordas no pescoço. “Na propriedade do seu Sebastião, foram furtados dois animais; e na do Arilton, levaram nove animais. No Nenzinho levaram 19 ovelhas”, foi informando Adriano. Segundo ele, somente em 15 dias os ladrões carregaram 14 animais. “Com a impunidade, esses furtos estão saindo do controle. É prejuízo de R$ 4 a R$ 5 mil por animal para nós”, desabafou. Adriano denunciou ainda o envenenamento do gado, que acaba morrendo, e outros mortos ou feridos a tiros.
O assunto virou pauta na Câmara por iniciativa do vereador Adriano Magrão, que foi procurado pelos criadores e abriu espaço para a apresentação dos prejudicados. “Infelizmente, esse problema vem acontecendo muito, e a muito tempo. Nós vamos ver como podemos ajudar”, explicou Magrão.
Apoio e indignação
Depois da explanação, todos os vereadores falaram sobre o tema. O vereador Dizo sugeriu uma reunião entre os três poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário- e as Polícias. “A Polícia leva o ladrão na Delegacia e ele sai antes da pessoa, sai rindo, e a pessoa fica lá dando depoimento”, disse. Os demais vereadores concordaram. O vereador Dimi, que também é agricultor, contou que um irmão seu perdeu um novilho há pouco tempo, morto por bandidos na propriedade.
O vereador Chico do Maracujá reforçou a necessidade de cobrança junto aos órgãos de segurança. “Na nossa região tem serviço, não trabalha se não quiser. A lei acoberta quem está roubando”, afirmou.
Para Dion Elias, deve ser formado um grupo de trabalho que lute por iniciativas como a implantação da patrulha rural da Polícia Militar e outras medidas em prol da segurança no interior.